CORREÇÃO: Diferentemente do que informou o título desta reportagem entre 10h58 e 14h27, o passeio tem um custo de R$ 40 por pessoa. O título foi corrigido.

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Ver Joinville de outro ângulo e em detalhes é a principal proposta de uma das programações paralelas do 36o Festival de Dança: o “Pedalatur”, passeio de bicicleta que leva visitantes até os principais pontos turísticos e culturais da cidade. Com quatro excursões diárias até o dia 28, um guia turístico acompanha grupos de até oito pessoas em um roteiro de cerca de cinco quilômetros feito a bordo das “zicas” como são chamadas as bicicletas pelos joinvilenses. Uma ideia sustentável e de mobilidade que começou em 2011 e se renova a cada ano como opção de lazer para os turistas que participam do Festival.

Guiados pelo morador Daniel Rodrigues, os adeptos da bike partem do Centreventos Cau Hansen e chegam a pedalar cerca de uma hora e meia em um percurso plano na região central do município ao custo de R$ 40. O roteiro foi desenhado para abarcar o Instituto Juarez Machado, o Museu de Arte de Joinville, a Cidadela Cultural, além do Cemitério do Imigrante, a Casa da Memória e o Clube Harmonia Lyra ? local do primeiro Festival de Dança, em 1983. Também formam a rota a biblioteca pública, a Rua das Palmeiras, o Museu Nacional de Imigração, o Mercado Público, “A Barca” e o prédio da Prefeitura.

“Praticamente 100% de quem faz o passeio vem de fora para cá e deseja conhecer a cidade de uma forma diferente e a bicicleta oferece essa opção de contemplação, então para eles é uma experiência interessante e rica no sentido de sustentabilidade e conhecimento turístico e cultural” avalia o guia Daniel.

Nesta semana, entre os participantes que fizeram o percurso estavam as professoras e juradas da Mostra Competitiva de Sapateado, Ana Corina Amanajás e Flávia Costa, do Rio de Janeiro (RJ), e Marina Coura, moradora de Florianópolis. Flávia é adepta do transporte ciclístico e incentivou as colegas a realizarem o passeio. Segundo ela, na capital fluminense o uso da bicicleta é mais perigoso e ela gostaria de sentir um pouco da experiência na Cidade das Bicicletas.

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“No Rio, a gente (ciclista) ocupa os espaços, mas é um lugar político na minha visão, porque quanto mais tiver eles (motoristas) vão aprender a nos respeitar no trânsito e vice-versa. E Joinville já tem esse ecoturismo de bicicleta, então eu estava pensando em alugar uma bicicleta para usar enquanto estou na cidade, não rolou, mas como temos essa opção decidi vir para, pelo menos, sentir um gostinho de pedalar aqui ” reforça Flávia.

Para Ana, o incentivo foi mais um motivo para encarar o trajeto. O tour de bicicleta já estava nos planos desde o ano passado, no entanto, ela descobriu essa opção de lazer somente no último dia e o passeio precisou esperar até a tarde da segunda-feira, quando ela participou do grupo de ciclismo. Já a também carioca e bailarina Déborah Gregório, se impressionou com as opções do serviço.

“Acho uma ideia inteligente por ser um passeio sustentável e cultural. Além disso, o que torna diferente é que não é como em outros locais onde o turista aluga uma bicicleta e faz o trajeto sozinho, aqui isso acontece acompanhado de guia e com roteiro já definido” elogia.