A Black Friday, prevista para dia 25 de novembro, mobiliza o comércio mundial, mas também golpistas e lojistas de má fé. Especialistas alertam que os consumidores precisam estar atentos para não perder dinheiro e não cair em esquemas criminosos, com roubo de dados pessoais, na hora de buscar promoções na internet e em lojas físicas. Algumas orientações básicas podem ajudar o público a se prevenir e garantir segurança durante as compras.
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Em uma loja online ou e-commerce, o primeiro passo para evitar um golpe é verificar o domínio do site e se a ortografia do nome da loja está correta. Depois, garantir que o site possui o ícone de segurança, em formato de cadeado ou chave, que informa se o endereço da internet é seguro e está protegido.
Segundo Maitê Guerra, advogada especializada em golpes, páginas iguais ou muito semelhantes a de lojas conhecidas podem ser utilizadas para aplicar o crime conhecido como “golpe do site falso”.
— Você entra achando que é um site real, que você conhece, mas não é. É uma fachada. Geralmente com uma letra a mais ou a menos no endereço, ou com nome incompleto. A vítima compra achando que é um domínio legítimo porque é igual a um oficial, mas no fim é um golpe — explica a advogada.
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Outra indicação é ter um antivírus que alerte para domínios inseguros ou falsos. O sistema instalado no computador, tablet ou celular consegue identificar se um site aparenta ser um golpe e previne o usuário de ser uma vítima no esquema.
Quando a loja virtual não é tão conhecida, uma precaução é verificar se a empresa é confiável. Por isso, a especialista indica que o consumidor pesquise o nome da marca no Procon. Neste caso, é necessário buscar o órgão do estado onde a empresa é registrada para verificar qual a situação do CNPJ.
Verificar as avaliações de outros consumidores pode antecipar problemas. O site Reclame Aqui ajuda na hora de verificar se o serviço da loja é de qualidade, como é a entrega do produto e a possibilidade de troca, caso necessário.
A pesquisa de preços antes da data comercial também é uma dica clássica para não pagar mais do que o necessário. E vale tanto para quem compra online quanto presencialmente no comércio de rua.
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— Às vezes a pessoa acha que está fazendo um ótimo negócio e não está. Ela vê aquele possível desconto e compra, mas não teve desconto real. Isso é um crime contra o consumidor, de propaganda enganosa — afirma Maitê.
A última orientação dada pela especialista é questionar e duvidar, mesmo que um pouco, de tudo que parece bom demais. Evitar as compras pelo impulso e racionalizar a situação pode ser importante para que o consumidor não seja uma vítima.
— Cada golpe é muito diferente um do outro, varia muito se é na internet, mercado livre, engenharia social. Por isso tem que questionar, não fazer as coisas na emoção.
Cuidado com os dados pessoais
A advogada ainda lembra que o fornecimento de dados pessoais para sites, vendedores e perfis nas redes sociais precisa ser um ponto de atenção. Nome, CPF, e-mail e telefone podem ser usados por criminosos para aplicar golpes.
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— Se você estiver conversando com vendedor por mensagem, não passe dados, fotos de documentos e questione o uso dessas as informação — orienta.
O que fazer se cair em um golpe
Quando o pior acontece, o primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência junto à Polícia Civil. A partir do registro do crime, as forças de segurança podem investigar o caso, avaliar o cenário dos golpes e realizar ações voltadas ao combate dos crimes cibernéticos.
Se o pagamento tiver sido com o cartão de crédito, é importante contatar a instituição financeira. Bloquear o cartão e pedir o estorno de compras feitas por outra pessoa podem ser etapas importante para evitar maiores prejuízos.
Depois, o consumidor por fazer reclamações na plataforma consumidor.gov, do governo federal. No entanto, se o golpe foi de site falso, não é possível fazer uma queixa contra a empresa usada como fachada para o golpe.
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Caso o golpista seja identificado pela polícia, é possível entrar na Justiça com uma ação indenizatória, de acordo com a advogada.
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