Saiba como enfrentar a crise e os reajustes de 2016

Se você ainda não fez a lista dos presentes de Natal, talvez seja melhor deixar para mais tarde e começar pelos gastos do ano que vem porque são eles que podem dar a dimensão do que você deve ou não gastar agora. As previsões mais otimistas para 2016 mostram aumentos significativos em quase todas as áreas: moradia, transporte, educação, alimentação e lazer.

O valor do IPTU em Joinville vai subir quase 10% (9,93%). A distribuição já começou. Para quem mora de aluguel, a previsão de aumento não baixa dos mesmos 10%. E ainda tem o material escolar e o uniforme, os gastos da tão sonhada viagem de férias, aqueles fins de semana na praia com a criançada durante o verão, o IPVA, a passagem de ônibus… Mas nada disso é motivo para desespero, segundo o economista Cleiton José Alves, especialista em gestão estratégica de pessoas, mercado financeiro e economia doméstica.

– Não há fórmula mágica. O consumo é necessário, contudo deve ser planejado de forma cuidadosa. Controlar as finanças não é uma tarefa tão simples, basta ver o nível de endividamento das famílias. Exige determinação, organização e, principalmente, disciplina – diz o economista.

Por isso, quem começar agora vai visualizar melhor quanto dinheiro vai entrar no bolso e quanto vai sair dele.

Os meses de janeiro a março são conhecidos pelas despesas extras de início do ano. Assim como dezembro é, para muitas pessoas, o período em que tem aquela renda extra das férias ou do 13º salário.

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Porém, embora sempre aconteça dessa forma, é comum as pessoas se perderem nas contas, principalmente pelos abusos cometidos nas festas de fim de ano. Além das compras, há o período de férias, que exige mais gastos, principalmente para quem tem filhos e pretende oferecer lazer e diversão para a garotada durante o recesso escolar.

Vai Pesar Mais no Bolso:

IPTU

Aumento: 9,93% (IPCA).

Se você estiver endividado, o melhor caminho é o parcelamento. Se o contribuinte estiver em uma situação financeira mais confortável, o recomendável é o pagamento à vista, já que há descontos maiores do que qualquer rendimento financeiro ao aplicar o valor no mesmo período das parcelas

Escola

Aumento: a previsão é, no mínimo, um reajuste pela inflação, que para o ano que

vem pode chegar a 10%. Informe-se antes da matrícula. Muitas escolas oferecem descontos.

Material Escolar

Aumento: a previsão é, no mínimo, um reajuste pela inflação, que para o ano que vem pode chegar a 10%. Antes de comprar a lista inteira em um mesmo lugar, é possível fazer uma pesquisa pela internet dos itens mais caros. É fundamental ir às compras com antecedência para evitar pagar mais caro na última hora. Faça uma lista do que precisa comprar em cada lugar. Alguns materiais ficam mais baratos em mercados ou papelarias de bairro, nos quais não há tanta diversidade ou produtos de marcas famosas. Converse com os filhos antes de sair às compras, explicando a situação em que a família se encontra. Uma das maneiras mais eficientes de economizar é fazer compras em grupo. Converse com outros pais. Dois ou três já fazem uma grande diferença.

Transporte Coletivo

Aumento: o índice do aumento em Joinville está indefinido. As empresas do transporte coletivo na cidade entraram na Justiça para garantir o aumento da tarifa pelos índices determinados pela planilha, e não somente pela inflação, elevando o preço a R$ 3,81. A nova tarifa, que hoje custa R$ 3,25, deve ser anunciada entre o Natal e o Ano-novo.

Aluguel

Aumento: o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) é o mais usado no reajuste dos aluguéis. O acumulado dos últimos 12 meses ficou em 10,0985%. Uma das únicas maneiras de evitar esse aumento, ou minimizá-lo, é renegociar o contrato com a imobiliária ou o proprietário. Como essa é uma prática pouco comum em tempos de crise mais dura, o jeito é incluir o índice no orçamento ou pensar em trocar de imóvel.

Guarde

Um dos segredos de manter o orçamento de 2016 em dia é não extrapolar em dezembro e guardar o máximo de dinheiro dos “extras” do fim do ano (restituição do Imposto de Renda, férias e 13º salário, por exemplo). Sabendo que o início do ano é um período de mais despesas, programe-se, fugindo de parcelamentos muito longos ou com valores muito altos nos presentes de Natal. Evite começar o novo ano com uma série de parcelas a serem pagas.