Os ratos são responsáveis pela transmissão de 55 doenças e é necessário tomar uma série de cuidados para evitar a contaminação, principalmente por alimentos. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a venda de um lote de catchup de uma marca famosa. A medida ocorreu seis meses depois que a "Proteste Associação de Consumidores" identificou pelos de roedores em uma amostra do produto, o que casou furor em todo país.

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– É natural que fatos como esse tenham grande repercussão. Os ratos formam uma rede global e subterrânea de transmissão de doenças – lembra o biomédico Roberto Martins Figueiredo.

Apoiando-se em dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o especialista lembra que mais de 55 enfermidades podem ser transmitidas dos ratos para seres humanos. As mais comuns são leptospirose, tifo, salmonelose, hantavirose e a febra da mordida do rato, ou febre da mordedura do rato.

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Esta última é uma infecção ocasionada por bactérias transmitidas pelo animal. Ao contrário do que o nome sugere, a transmissão não se dá somente pela mordida dos roedores. Outra forma comum de contrair a doença é a ingestão de alimentos contaminados com a saliva desses animais. O agente causador dessa doença é a bactéria Streptobacillus moniliformis, encontrada na cavidade oral e na garganta de ratos.

Por sua vez, a leptospirose é uma infecção provocada por uma bactéria presente na urina dos ratos, que causa febre, dores e hemorragias. No Brasil a doença infecta milhares de pessoas todo ano e é um dos maiores riscos decorrentes de enchentes.

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Tomando alguns cuidados dá para diminuir consideravelmente os riscos de contaminação por doenças transmitidas por ratos. Quando um alimento industrializado contiver no interior de sua embalagem algo estranho, o melhor é evitar seu consumo e procurar um médico ou agente sanitário.

O lado de fora das embalagens também pode representar riscos. Ao chegar do supermercado com as compras, é prudente lavar as embalagens de alimentos antes de colocá-las na despensa. Tome cuidado especial com as latas de bebidas, especialmente refrigerantes e cervejas.

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– Assim como outras embalagens, elas podem ter sido contaminadas durante a armazenagem e conter microorganismos maléficos. Todo cuidado é pouco, pois muita gente leva as latinhas diretamente à boca – diz Figueiredo.

Além de água e sabão, as embalagens devem ser higienizadas com uma solução de água sanitária em água – na proporção de uma colher de sopa de água sanitária para cada litro de água.

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