Na arquitetura, alguns elementos exercem a dupla atribuição de conferir funcionalidade e um toque decorativo: é o caso das cortinas, que nos ambientes podem exercer o papel desejado de acordo com o momento e o desejo dos moradores. Mas engana-se quem ainda pensa que cortina ‘é tudo igual’. Com diversos modelos e materiais, as características e demandas do projeto são essenciais para determinar qual é a mais adequada para o local.
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As arquitetas Andrea Camillo e Giselle Macedo, e a designer de interiores Patrícia Covolo, prepararam um guia riquíssimo sobre tudo que deve ser analisado antes de definir a cortina ideal para cada ambiente. Acompanhe!
Tipos e materiais
As profissionais revelam que os modelos são classificados como cortinas de tecidos ou persianas industrializadas. As cortinas de abrir podem contar com atributos como pregas macho e fêmea ou no estilo americano, com as folhas para a abertura central ou apenas uma que se move para a lateral. Podem ser produzidas em fibras sintéticas ou naturais, madeira ou tecidos como veludo, seda, algodão e linho, entre outros.
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Principais tipos e materiais de cortinas
Cortina de sol
“Elas podem ser produzidas com vários produtos, mas em nossos projetos gostamos bastante da gaze de linho, que é leve e muito prática para a lavagem no dia a dia”, conta Giselle Macedo, do escritório Macedo e Covolo.
Persianas

Rolo
Comumente usada para a proteção solar, oferece uma estrutura que, quando recolhida, fica bem discretas e sem volume. Possibilita sua execução com diversas opções de tecidos e cores para projetos de home office, cozinhas e lavabos.
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Romana
Muita usada em dormitórios e salas, demanda a utilização de tecidos sintéticos ou naturais mais incorporados. É composta por lâminas horizontais que estão estruturadas similares a ‘gomos’. É conhecida por atribuir ares mais charmosos e aconchegantes aos ambientes.
Materiais
Madeira
“Consideramos especialmente em escritórios e dormitórios masculinos. No dia a dia, é super prática para o manuseio e a limpeza“, afirma Patricia Covolo.
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Alumínio
Com manutenção supersimples, costuma ser usada em ambientes de escritórios e cozinhas.
Xales
É o acabamento das cortinas, principalmente para os modelos romana e rolo.
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Blackout
Recomenda para ambientes com a necessidade de bloquear a luminosidade e, ao mesmo tempo, manter o conforto térmico. Pode compor versões de cortinas como a Rolo ou a Romana.
Como definir a cortina certa?

Segundo as profissionais, não há muitos mistérios. O fundamental é avaliar as especificidades do cômodo para relacionar com a funcionalidade de cada material e modelo.
“Em geral, avaliamos a proposta do décor, as expectativas do cliente e a incidência de sol no local. Privacidade, a intenção de proteger o mobiliário do sol ou o escurinho para assistir filmes são pontos que precisamos considerar na escolha da cortina”, relaciona a arquiteta Giselle.
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No que diz respeito ao modelo, mais uma vez as características do projeto ajudam nessa definição. Em um dormitório, tecidos mais leves costumam ser indicados, uma vez que são eficazes para agregar privacidade, sem tirar ou vetar totalmente a iluminação natural.
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“Entretanto, em salas com um volume demasiado de sol, a persiana com tela solar é recomendada para proteger a integridade dos móveis que, com o decorrer do tempo, podem ser danificados por conta dos raios UV”, explica Giselle.
Qualidade da peça
Pensando na durabilidade das peças, as profissionais são unânimes em afirmar que a combinação entre tecido de qualidade e um bom profissional para a confecção são primordiais, uma vez que a cortina não é algo substituído com frequência no décor dos ambientes. No caso das persianas, a recomendação é buscar por marcas e lojas conceituadas no mercado – um cuidado que assegura a qualidade.
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Depois de definidos os quesitos destacados acima, acabamento e design fazem total diferença no resultado da cortina no ambiente, imprimindo personalidade, vida ou sofisticação, entre tantos atributos almejados. “Costumo falar que a cortina é o cabelo do rosto, deixando a estética ainda mais agradável e oferecendo um toque final na decoração”, compara Giselle Macedo.
Escolhendo a melhor cortina
“A cortina de abrir em tecido é atemporal. Com o passar dos anos, ainda surgiram as telas solares que são muito usadas atualmente, além da proteção que garante uma transparência interessante. O resultado depende da trama escolhida, do material e composição. Falo para o cliente que uma cortina pode ser a cereja do bolo, pois muitas vezes nos deparamos com espaços que nos passam uma sensação de vazio e sem graça por conta de sua ausência”, explana a arquiteta Andrea Camillo.
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Passando pelo estilo, o modelo certo está diretamente relacionado à proposta do décor. Entre as possibilidades, um ambiente com viés vintage pede por cortinas de madeira, enquanto a inspiração do clássico pode ser alinhada com uma cortina dourada de varão ou tecido que possibilita o charme da iluminação natural no cômodo.
Varão X Trilho

Entre os tipos de instalação de cortinas estão as de varão e de trilho. O morador e o profissional de decoração devem analisar qual padrão melhor atenderá o projeto. Bastante queridinho nos projetos, o varão se configura pela praticidade, pois não demanda um espaço reservado ou um especialista.
Soma-se também a simplicidade para limpeza, visto que o formato acumula menos sujeira por não dispor de tantos vãos, bem como propicia a retirada fácil, da mesma forma como é colocado no ambiente.
Segundo a arquiteta Andrea, o trilho é indicado quando o projeto prevê a execução de sancas de gesso ou madeira para esconder a peça. “No caso dos varões, o cortineiro não é necessário”, enfatiza. “Sem dúvidas, na nossa opinião, a aparência com o trilho é muito mais elegante”, argumenta Patrícia.
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Onde a cortina não é recomendada?
Dentro da sua versatilidade, o único ambiente contraindicado para o uso da cortina é o banheiro, em razão do grande volume de umidade. Além de demorar para secar, a água também é um fator determinante para a durabilidade das cortinas, assim como a incidência do sol.
*Por Beatriz Russo (DC33 Comunicação)
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