O crescimento dos casos de clonagem e invasão de contas de aplicativos de conversas, como o WhatsApp, e outras redes sociais tem movimentado a polícia catarinense. Mesmo sem dados compilados, as autoridades confirmam que o número de boletins de ocorrência e relatos de episódios assim está crescendo.
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As abordagens mudam: ora é um contato conhecido que, depois de ter a conta invadida, manda uma mensagem pedindo dinheiro; depois é a história de que um grupo do qual o usuário faz parte será extinto e para se manter nele é preciso fazer o cadastro por meio de um link, também suspeito. Apesar das técnicas diferentes, o resultado buscado pelos criminosos é o mesmo: obter dados pessoais e tentar algum tipo de vantagem, inclusive financeira, com o descuido da vítima.
Para o professor de Engenharia de Computação da escola Politécnica da USP, Marcos Simplício, apesar de "não existir um sistema 100% seguro", é possível tornar bem difícil a ação desses bandidos virtuais.
– Uma das técnicas mais eficientes no WhatsApp é a ativação da Verificação em duas etapas. Essa funcionalidade exige que um código de seis dígitos seja inserido no telefone para confirmar que a conta está, de fato, no aparelho do titular.
Outras ações também podem ser implementadas, como a criação de um código que será exigido para desbloquear o telefone e a utilização de senhas fortes, não as formadas por datas de nascimento, nomes de parentes e outras informações fáceis de serem descobertas.
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– Na época do vestibular, muita gente formava frases com as sílabas que dão nome aos elementos da tabela periódica para decorar as famílias. Dá pra fazer isso para criar senhas fortes, o que garante uma complicação a mais para quem tentar violá-las. Outra sugestão: troque algumas letras por números.
Ouça a entrevista completa: