— Se pudéssemos trazer todos os alunos que temos para esse festival, ninguém desistiria da dança, nem do balé, porque isso aqui é uma injeção de estima para que eles continuem no caminho da dança. E o que eles estão vivenciando hoje vai ficar marcado para o resto da vida.

Continua depois da publicidade

Com essas palavras a professora de dança Maira Matozo, do Studio Dance Arte de Goioerê (PR), descreve porque anualmente traz seus alunos para o maior festival de Dança do Mundo e o que a motiva, no últimos quatro anos, a levá-los para conhecer os bastidores do evento nas visitas guiadas. Passeios pela coxia, que servem como oportunidade de sentir o gostinho de estar em cima de um palco que já revelou talentos que hoje brilham na dança, mundo afora.

Os passeios são diários e gratuitos e seguem até o dia 28 para grupos de cerca de 15 pessoas e todo o percurso é feito a pé, cada um com meia hora de duração, entre 13h e 17h. A atividade paralela à programação do Festival permite que participantes e público tenham acesso a informações que marcaram as 36 edições do Festival e conheçam cada um dos ambientes que compõem os espetáculos no Centreventos Cau Hansen.

Escola Preparatória de Dança EMF Senador Alberto Pasqualini, de Porto Alegre (RS), participa de visita
Escola Preparatória de Dança EMF Senador Alberto Pasqualini, de Porto Alegre (RS), participa de visita (Foto: Salmo Duarte / A Notícia)

Cada saída é realizada com a presença de um guia e inicia no lounge criado há quatro anos para que os participantes possam descansar, ouvir música, trocar ideias ou realizar ensaios entre uma programação e outra. Na sequência são apresentadas áreas como a de imprensa e logística, além da bilheteria. Também fazem parte do roteiro as salas em que os jurados se reúnem para reuniões com bailarinos da Mostra Competitiva. Na sequência, é contada a história por trás da obra “O Grande Circo”, de Juarez Machado, pintada à mão nos azulejos da fachada do edifício.

Confira todas as notícias do Festival de Dança de Joinville

Continua depois da publicidade

O passeio revela ainda a “passarela da fama”, que reúne alguns dos vencedores destacados ao longo de todos os festivais de dança já realizados. Depois, os visitantes ainda podem entrar no auditório de espetáculos das principais noites do Festival e sobem ao palco e nos bastidores atrás das cortinas. Este, considerado o ponto alto da caminhada.

— Faço esse passeio todas as vezes, porque todo ano trago alguma aluna nova e tenho vontade de mostrar o que eu já vi e toda vez tem algo diferente. Para meus alunos o que eles têm que presenciar é a parte do palco e da coxia, porque eu moro em uma cidade pequena e lá não tem o teatro, então eles não tem noção do que é uma coxia, do que que é um palco de espetáculo, a parte do cenário em que ele desce; que ele vem; que ele muda. Então é uma vivência e motivação para esses bailarinos de continuar na dança — aponta Maira Matozo.

O despertar dos sonhos

Professora de dança Maira Matozo (de vermelho e preto) durante seu quarto tour pelas coxias
Professora de dança Maira Matozo (de vermelho e preto) durante seu quarto tour pelas coxias (Foto: Salmo Duarte / A Notícia)

Em um dos passeios realizados nesta semana participaram também alunos do projeto social da Escola Preparatória de Dança EMF Senador Alberto Pasqualini, de Porto Alegre (RS), depois de conseguirem viajar até Joinville por meio de uma campanha solidária feita no município. Para as professoras Helena Paz e Ana Araújo, a possibilidade de vivenciar junto dos alunos os bastidores do Festival traz motivação para que os cerca de 60 alunos atendidos pelo projeto possam voltar nas próximas edições, desta vez, para se apresentar ao grande público.

— Nossa intenção neste ano era conhecer como tudo funciona e agora nosso sonho é que eles (alunos) estejam no palco já no ano que vem. A experiência desse “tour” para eles é o de poder sugar tudo o que o Festival pode proporcionar e ficar mais próximos de uma realidade que eles olhavam de longe e que parecia tão distante — destaca Helena.

Continua depois da publicidade

Motivação que pegou em cheio quem dá os primeiros passos na dança e pode se imaginar, no futuro, ocupando esse espaço.

— Fiquei encantada com todos os lugares, de poder ver a coxia, os camarins, é tudo muito legal e deu para sonhar um dia dançar ali (no palco) — disse a bailarina Angélica Marques, de 10 anos.

SERVIÇO:

O QUÊ: Visita aos bastidores

QUANDO: Até 28 de julho, em sessões das 13h às 17h

ONDE: Balcão de informações do lounge, no Centreventos Cau Hansen

QUANTO: Gratuito

Tour Virtual

Outra forma de conhecer os bastidores do Festival de Dança, mas tendo a tecnologia como aliada é o “VR 360”. São os óculos de realidade virtual, que levam o espectador a uma experiência inovadora: ver de perto a preparação de bailarinos ainda no camarim, subir com eles no palco e receber as tão aguardadas palmas da platéia. Tudo vivenciado por meio de uma imersão em 360 graus pelos ambientes do evento. A experiência está disponível em sessões especiais até o dia 28 e já foi vista por mais de quatro mil alunos da rede pública de ensino de Joinville, em primeira mão antes do início do Festival.

SERVIÇO:

O QUÊ: VR 360 (Realidade virtual)

QUANDO: Até 28 de julho, das 10h às 22h

ONDE: Área externa do Centreventos Cau Hansen

QUANTO: R$ 5