Em casa, no trabalho, nas rodovias, durante as compras de supermercado ou durante um passeio com a família no shopping. Na rotina de quem possui carro elétrico ou híbridos plugins, a recarga da bateria pode ser feita com economia e praticidade, em qualquer hora do dia, onde tenha uma tomada disponível. 

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> As diferenças entre carros elétricos, híbridos e a combustão

Mas antes de plugar o carro na rede elétrica, vale a pena conhecer os tipos de carregadores disponíveis e quais as principais vantagens oferecidas por eles.

Segundo o coordenador de Mobilidade Elétrica da Dimas Volvo, Matheus Dressler Maia, existem dois tipos de carregamento veicular possíveis no mercado brasileiro: o público, disponíveis em shoppings, supermercados e postos de atendimento, e o residencial, feito através da tomada ou por uma estação de carregamento, normalmente chamada de Wallbox.

– No residencial, o perfil de recarga é o mesmo de quem coloca o celular antes de dormir para utilizá-lo no dia seguinte. Com o veículo conectado na rede entre 8h e 12h, a energia acumulada na bateria será suficiente para rodar o dia seguinte, sem necessidade de uma carga rápida – demonstra o especialista.

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Entre os carregadores mais usados em casa, os mais comuns são os portáteis e os Wallbox, porém em últimos casos, há também os de emergência. O que diferencia um do outro é a potência, que influencia no tempo de recarga, o tipo de tomada e os cuidados necessários quanto ao uso.

Volvo
Wallbox da Volvo (Foto: Divulgação)

Carregador Emergencial

São equipamentos que acompanham o carro já na compra e permite carregá-lo em tomadas comuns de 10 A. São pequenos, leves, fáceis de serem transportados no porta-malas, mas por terem potência máxima de 2kW podem levar até 20h ou 40h para recarregar completamente uma bateria de 40 kW. A maior vantagem desta opção é a praticidade de poder carregar o automóvel em qualquer lugar, seja casa, empresa ou comércio.

Cuidado: Para o uso desse carregador, é importante não utilizar adaptadores sem o conhecimento adequado, pois a corrente pode ficar acima da prevista, resultando em sobreaquecimento dos cabos e risco de incêndio.

Carregador portátil

São vários modelos disponíveis no mercado, que variam de 3,7 kW a 7,4 kW. A principal diferença em relação ao emergencial é mesmo a potência, fornecendo até 32 A durante a recarga. Os tipos mais simples funcionam na tensão de 110/220 V, em tomadas de 3 pinos, enquanto os modelos de maior potência, requerem uma tomada industrial dedicada. Quanto ao tempo médio de recarga completa, varia de um modelo para outro, indo de 6h a 12h de duração.

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Cuidado: Não utilizar adaptadores sem conhecimento adequado.

Wallbox

São modelos que ficam fixados na parede ou instalados como totens, com potência de 7,4 kW até 22 kW. Assim como os portáteis, também podem fornecer até 32 A mas com opção de serem instalados em 380 V, dependendo da disponibilidade da rede da casa. A vantagem deste tipo de carregamento está na segurança e conectividade, visto que os dispositivos possuem proteções internas e recursos para o controle da recarga pelo proprietário do carro.

Cuidado: A instalação deve ser feita por eletricista ou empresa especializada. É importante que seja adicionado um disjuntor exclusivo para o carregador na saída do quadro de distribuição, assim como ocorre no caso dos chuveiros elétricos. Outro requisito é a disponibilidade de aterramento.

volvo
Volvo (Foto: Divulgação)

Para quem mora em prédio ou condomínio, recomenda-se o contato prévio com o síndico e com vizinhos para proceder com a instalação adequada do equipamento.

Com automóveis elétricos e híbridos com até 400 km de autonomia disponibilizados no país, a recarga doméstica será mais do que suficiente para o uso do carro no dia a dia. Segundo Maia, estima-se que a quilometragem média diária do brasileiro no trânsito é de 40 km entre casa, trabalho e outros trajetos do cotidiano.

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– Considerando a média de distância, um carro com 400 km de autonomia chega em casa no final do dia com 360 km de carga restante, uma noite de carga lenta será suficiente para completar a bateria – ressalta.

Como já visto, o tempo vai variar conforme a potência do carregador, do conversor do carro, do tamanho da bateria.

– No caso do Volvo XC40 Pure Electric com bateria de 75 kW/h, ao utilizar um carregador de 11 kW, em duas horas a bateria carregará a 22 kWh, o suficiente para cerca de 110 km de autonomia, custando cerca de R$0,11 o quilômetro rodado – esclarece Maia.

De acordo com o exemplo, considerando a média diária de um cidadão comum brasileiro destacada por Maia, a recarga doméstica seria suficiente. Em todo caso, já há opções disponíveis para salvar o dia de quem esqueceu de conectar o veículo durante alguns dias e precisa dar uma carguinha na rua. São os chamados carregamentos públicos, urbanos ou rodoviários.

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Carregamento público

Os pontos de carregamento veicular públicos podem ser encontrados em shoppings, centros comerciais, supermercados e alguns postos de serviço. Há duas opções de carregadores em vias urbanas ou rodoviárias para motoristas, que se diferenciam pela potência e tempo de recarga.

Carregador comercial ou parking

Com funcionamento similar ao Wallbox residencial, realizam carga em corrente alternada, com potência que varia de 7,4 kW a 43 kW, dependendo do modelo. A vantagem desse carregador é proporcionar um maior controle ao usuário. Por serem mais inteligentes, conectam-se a dispositivos móveis e disponibilizam informações de consumo para cobrança, por exemplo. Diferente dos componentes domésticos, são mais robustos e seguros para atenderem um grande fluxo de veículos ao mesmo tempo.

Estação de carga rápida

Eletropostos, fast charge DC ou carregadores ultrarrápidos são potentes e carregam o veículo em minutos. São ideais para postos de serviço e abastecimento em rodovias ou empresas com ampla frota de veículos elétricos e híbridos. Grandes, devido ao inversor integrado no interior, fornece energia em corrente contínua (CC), com potência variável entre 50 a 350kW. A recarga de 80% da bateria pode levar minutos, o que faz dessa opção ideal para o abastecimento no decorrer de viagens longas.

Um ponto negativo dessa recarga é que nem todos os veículos possuem conversores que aceitam toda essa potência, porém estes normalmente são veículos urbanos. Outro ponto importante é o alto custo da infraestrutura, que por enquanto limita a aquisição em massa de carregadores ultrarrápidos em paradouros nas rodovias.

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No caso do carregamento público, urbano ou rodoviário, ainda falta regulação deste mercado no Brasil, o que ainda possibilita o carregamento gratuito nos pontos existentes. Diferente da Europa, EUA e demais lugares onde os veículos elétricos e híbridos são mais populares e as recargas são cobradas.

A Dimas Volvo é patrocinadora do Confraria Itapema. Acesse o canal especial para saber mais sobre o evento