Estudantes sem aulas, delegacia praticamente inativa, serviços de fiscalização interrompidos. Essa é só uma ponta dos efeitos da onda de greve dos servidores de instituições federais que trabalham em Joinville e região nos últimos dias.

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Na cidade mais populosa do Estado, os cerca de mil alunos do Instituto Federal de Santa Catarina IF-SC estão sem estudar desde 18 de junho. A mesma situação afeta os 900 universitários da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), desde 11 de julho. A previsão era de que as aulas do segundo semestre no campus Joinville tivesse começado na segunda-feira.

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Com o retorno das aulas também previsto para o mesmo dia, o Instituto Federal Catarinense (IFC), em Araquari, sem aula desde 18 de junho, adiou o início do semestre para a próxima segunda, mas a direção-geral não descarta nova data. Assim, os cerca de 3 mil estudantes ainda não têm perspectiva de voltar às aulas.

O agendamento e a liberação de passaportes pela Polícia Federal, assim como os pedidos de porte de arma e outros serviços administrativos também não têm prazo para ser retomados.

Antes da greve, cerca de 90 passaportes por dia eram emitidos em Joinville. Agora, somente casos de urgência comprovada são atendidos pelos 30% do efetivo que cumprem expediente por determinação legal.

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Já a Polícia Rodoviária Federal vai decidir em assembleia na segunda se suspende os serviços.

– Precisamos aumentar o efetivo e transformar o cargo de nível médio em superior, pois a graduação já é exigida em concurso -, explica Hamilton Rodrigues, presidente do sindicato da categoria.

Os servidores da Justiça Federal pararam as atividades na tarde de quinta-feira e a previsão é de que o mesmo aconteça na Justiça Federal, do Trabalho e Eleitoral.

Quinta-feira, funcionários públicos federais em greve, que querem reposição de perdas salariais e reformulação dos planos de carreira, fizeram uma passeata no Centro da cidade.

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– O governo quer fazer reposições de 25% a 40% nos próximos três anos. Se aceitarmos a proposta, não vamos recuperar a perda antiga e futuramente vamos continuar perdendo em relação à inflação -, critica o técnico administrativo do IF-SC, Jorge Burnik.

Segundo Jorge, a categoria quer 22% de reposição salarial imediata, além de uma data-base para garantir as próximas reposições conforme a inflação, além da atualização do plano de carreira.

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