O estresse é um conjunto de reações fisiológicas que, se exageradas, podem levar a um desequilíbrio no organismo, contribuindo para a obesidade e ainda aumenta a compulsão alimentar (principalmente por carboidratos, aumentando o colesterol e o acúmulo de gordura abdominal). Outras doenças também podem estar associadas ao estresse, como hipertensão, doenças cardiovasculares, depressão, insônia, cânceres e doenças autoimunes.

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Muitas pessoas vivem em condições de estresse no trabalho, em casa ou, até mesmo, nos estudos. Essa situação se agrava ainda mais quando não conseguimos ter uma alimentação regrada e saudável. Em conversa com a nutricionista Dra. Noadia Lobão, especialista em Nutrição Clínica e Funcional, descobrimos alguns hábitos que ajudam a minimizar os sintomas do distúrbio.

Importância de seguir uma dieta saudável

Alimentos com corantes, acidulantes e conservantes aceleram o processo de envelhecimento e aumento das substâncias inflamatórias, o que pode levar à fadiga crônica, ao aumento de peso, à insônia, à irritabilidade e ao nervosismo. O consumo de álcool e nicotina também deve ser evitado, bem como os alimentos com alto índice glicêmico e as doses excessivas de cafeína, pois pode elevar a pressão arterial e a adrenalina, aumentando os efeitos do estresse.

Por outro lado, existem alimentos que possuem substâncias que ajudam no combate ao estresse. Peixes e alimentos ricos em ômega 3, 6 e 9, chocolate amargo, frutas e verduras com ação antioxidante e ricas em ácido fólico. O mais importante, entretanto, é consumir muita água, ela tem uma série de nutrientes, mantém o corpo hidratado e dá sensação de bem-estar e prazer

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Mudança de hábitos

Para podermos aproveitar melhor as propriedades dos alimentos, é preciso garantir que tudo está sendo feito da forma correta. “Há alguns costumes que reduzem o processo de oxidação do cérebro e, por esse motivo, não deixam o organismo absorver todos os nutrientes necessários para nossas necessidades”, explica a Dra. Noadia.

Algumas práticas que devem ser seguidas:

  • Evitar ler e assistir à televisão enquanto realiza as refeições;
  • Manter um tempo adequado para realizá-las;
  • Mastigar bem os alimentos antes de engolir;
  • Repousar os talheres, para garantir que a refeição será consumida calmamente.

> 4 atitudes que ajudam a prevenir e tratar o estresse

Brócolis
Com vários benefícios para a saúde, o brócolis é um ótimo alimento para combater o estresse (Imagem: 5 second Studio | Shutterstock)

Alimentos contra o estresse

A Dra. Noadia Lobão lista alimentos indicados para combater o estresse:

  • Óleo de linhaça;
  • Sardinha;
  • Ovo caipira;
  • Chocolate amargo (acima de 70% de cacau);
  • Óleo de oliva extravirgem (azeite);
  • Banana;
  • Grão-de-bico;
  • Brócolis;
  • Oleaginosas (nozes, macadâmia, amêndoa);
  • Frutas vermelhas (mirtilo, morango, cereja).

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Alimentos não indicados para quem sofre de estresse

A nutricionista também lista os alimentos que não são recomendados para quem vive sob estresse:

  • Açúcar refinado;
  • Sal;
  • Alimentos de alto índice glicêmico (massas, pães, biscoitos feitos com farinha branca);
  • Carne vermelha;
  • Café;
  • Alimentos com corantes artificiais;
  • Alimentos com conservantes artificiais;
  • Leite;
  • Refrigerantes;
  • Doces (balas, pudim, sorvetes).

Dicas para comer fora de casa

  • Prefira um restaurante, e não um fast-food;
  • Escolha um local que tenha opções de comida, não apenas de lanches;
  • Deixe, na bolsa ou no bolso, sanduíches saudáveis ricos em fibras, fitoquímicos e saciadores, como barras de frutas orgânicas ou de coco, castanhas, nozes, amêndoas, amendoim, macadâmia e chocolate amargo.

“Ao consumirmos alimentos com gorduras saturadas e trans, por exemplo, o corpo diminui a produção de neurotransmissores, afetando o humor e aumentando os efeitos do estresse”, expõe a Dra. Noadia Lobão.

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É essencial que a alimentação seja controlada para que o estresse possa ser combatido. Alguns alimentos podem atrapalhar essa trajetória em busca de uma vida mais tranquila e saudável. Açúcar e carboidratos refinados, sal, carne vermelha, gorduras saturadas e trans são alguns exemplos.

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