Mais de 90% dos casos de Febre Oropouche existentes em Santa Catarina foram confirmados no Vale do Itajaí. Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), o Estado registrou os primeiros casos da doença em abril desde ano e, até esta segunda-feira (22), 140 pessoas foram contaminadas. 

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Luiz Alves, é o município com o maior número de casos, com 65 — o número representa 46,42% dos diagnósticos no Estado. Em seguida estão Botuverá, com 35, Blumenau, com nove, e Brusque, com sete. Todas as cidades são da região do Vale do Itajaí.

A disponibilidade de testes para o diagnóstico pode ser um dos motivos do aumento de casos em Santa Catarina. Segundo a Dive, esses testes não estavam disponíveis até 2023, quando o Ministério da Saúde começou a enviar kits de testagem específicos de Febre Oropouche aos estados. Até agora, Santa Catarina já recebeu mil testes e tem a previsão de receber outra remessa ainda neste mês.

Os motivos da “explosão” de casos de Febre Oropouche em SC

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Além disso, o aumento da circulação de pessoas e cargas entre os estados do Brasil pode também ter influenciado no aparecimento de casos. Entre maio e junho, uma equipe do Ministério da Saúde esteve no Vale do Itajaí para fazer uma investigação epidemiológica da doença, junto com as prefeituras e a Secretaria do Estado de Saúde (SES). O estudo dará origem a um relatório, ainda a ser publicado.

Veja as cidades de Santa Catarina com casos confirmados de Febre Oropouche 

  • Antônio Carlos – 2 casos 
  • Benedito Novo – 1 caso 
  • Blumenau – 9 casos
  • Botuverá – 35 casos 
  • Brusque – 7 casos 
  • Corupá – 3 casos 
  • Guabiruba – 1 caso 
  • Guaramirim – 1 caso
  • Ilhota – 5 casos 
  • Jaraguá do Sul – 1 caso 
  • Luiz Alves – 65 casos  
  • São Martinho –  1 caso 
  • Schroeder – 7 casos 
  • Tijucas – 2 

Veja as cidades com casos de Febre Oropouche

Morte suspeita por Febre Oropouche 

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da DIVE/SC, acompanha a investigação de um caso suspeito de óbito por Febre de Oropouche de um morador do Paraná com passagem em Santa Catarina. O homem tinha histórico de viagem à região de Blumenau no período de incubação da doença. Ele foi diagnosticado e morreu no estado vizinho. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira.

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Sintomas e tratamentos 

A Febre Oropouche é uma arbovirose e tem sintomas semelhantes aos da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Em cerca de 60% dos pacientes, algumas manifestações, como febre e dor de cabeça, persistem por duas semanas.

Não há tratamento para a doença. A prevenção é feita a partir da proteção contra os mosquitos transmissores. Conforme a Dive, não há tratamento específico para os infectados com a doença. Os pacientes devem permanecer em repouso, com acompanhamento da rede municipal de saúde.

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