Para passar tem que ser bom. Ancorado nesta frase que Matheus Segrini, 14 anos, viajou de Vitória (ES) a Joinville para participar da audição que ocorreu nesta terça na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.
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O sonho dele é ingressar em uma das instituições mais renomadas do País e, para isso, ele sabe que precisa ser o melhor entre os mais de 200 inscritos que passaram por avaliações técnicas e físicas.
Na sala repleta de meninas, Matheus e Breno de Camargo, 13 anos, eram minoria. O capixaba, que participa pela primeira vez de uma audição, não sabia o que exatamente a banca avaliadora esperava. Já Breno, que mora no interior de SP, disputa pela segunda vez uma vaga no Bolshoi.
– Na outra vez, eles alertaram que há outros caminhos possíveis para se tornar um bailarino. Agora, treinei mais o alongamento e estou confiante -, diz o paulista. Os dois adolescentes aproveitaram a vinda a Joinville para se aprimorar nos cursos oferecidos pelo Festival de Dança.
Todos os anos, o Bolshoi promove audições durante o Festival de Dança, dando oportunidade para que crianças do País inteiro possam ter uma formação profissional em balé clássico e dança contemporânea.
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Durante a avaliação, são escolhidos os candidatos que passarem pelas três etapas classificatórias. A primeira é uma aula de balé clássico, com exercícios na barra e centro, onde é observado o nível técnico, equilíbrio, musicalidade, giros, saltos e elasticidade. A etapa seguinte é voltada para a avaliação da musculatura, articulações e possíveis desvios posturais dos candidatos.
Os bailarinos que passarem por esses dois momentos são entrevistados pelos professores Maria Antonieta, Ludmila Sinelnikova, Galina Kravchenko, Denys Nevidomyy e pelo diretor artístico Sérgio Lobato.
Giovana Porto, 14 anos, sabe que, para as meninas, a vida de bailarina é mais concorrida. Mesmo assim, ela veio acompanhada de mais 30 colegas de Brasília. A caravana já tem iniciação em dança, um dos critérios iniciais de quem participa da audição durante o Festival, diferentemente das seleções normais, voltadas para descobrir novos talentos.
Neste ano, os bailarinos com mais de 18 anos também puderam concorrer a duas vagas na Cia. Jovem, que, segundo Sylvia Albuquerque, podem ou não ser preenchidas. Os bailarinos profissionais foram avaliados pelos professores Amarildo Cassiano, Maria Antonieta Spadari e Sérgio Lobato.
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Os resultados serão divulgados nesta quarta no site da instituição. Para os futuros alunos, as aulas começam em fevereiro de 2011. As vagas da companhia são para contratação imediata.