A produção de grãos no Brasil prevista para a safra 2016/17 atinge novo recorde e chega a 232 milhões de toneladas, com aumento de 45,4 milhões de toneladas frente às 186,6 milhões de toneladas da safra passada. A estimativa atualizada foi divulgada nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
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A supersafra se deve ao crescimento de área e às boas produtividades médias. A previsão é de ampliação de 3,5% na área total, podendo chegar a 60,4 milhões de hectares, incluídas as culturas de segunda e terceira safras.
A soja deve ter um crescimento de 18,4% na produção, atingindo 113 milhões de toneladas, com ampliação de 1,8% na área plantada, que pode chegar a 33,9 milhões de hectares. Já o milho deve alcançar 92,8 milhões de toneladas, 39,5% acima da safra 2015/2016. A previsão é de 30,2 milhões de toneladas para a primeira safra e de 62,7 milhões para a segunda. A área total de milho deve ser de 17,2 milhões de hectares, o que representa uma ampliação de 8,3%. Milho e soja correspondem a quase 90% dos grãos produzidos no país.
A primeira safra do feijão deve bater 1,38 milhão de toneladas, resultado 33,5% superior ao ciclo 2015/2016. Já a segunda safra deve produzir 1,26 milhão de toneladas, sendo 624 mil do grão cores, 219,1 mil do preto e 415,4 mil do feijão caupi. O feijão total teve atingir uma produção de 3,3 milhões de toneladas, com área de 3,1 milhões de hectares.
No caso do algodão pluma, o crescimento é de 15,5%, podendo chegar a 1,5 milhão de toneladas, apesar da estimativa de redução de 1,6% na área cultivada.
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Culturas de inverno
As projeções para os cultivos de inverno indicam queda de 7,8% na área de trigo. A previsão é de que seja plantado 1,95 milhão de hectares, contra 2,1 milhões na safra passada. Com isso, a produção deve chegar a 5,2 milhões de toneladas, uma redução de 22.3% frente às 6,7 milhões de 2016. As outras culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada e triticale) também sofrem perda na produção, mesmo com alguns aumentos de área, como no caso da aveia e da cevada.
A pesquisa foi realizada no período de 23 a 29 de abril em todas as regiões produtoras, quando foram consultadas diversas instituições e informantes cadastrados em todo o país. Leia o estudo completo aqui.