Sabri Lamouchi: Um adeus honrado para Drogba

Ganhar a Copa é o objetivo dos 32 técnicos. Mas sejamos realistas: só um leva, e normalmente um que está à frente de uma seleção tradicional. Isso não quer dizer que não haja outras metas para os comandantes em um Mundial.

Zero Hora sugere cinco inquilinos das casamatas novinhas dos estádios brasileiros para você prestar atenção entre junho e julho. Cada um tem desafios diferentes em 2014. O de Sabri Lamouchi: Dar Um adeus honrado para Drogba.

Estrear como técnico já em uma seleção é raro, ainda mais para um jovem ex-jogador. Sabri Lamouchi, 42 anos, deu de ombros para isso em abril de 2012 e assumiu uma das melhores gerações de jogadores do futebol africano: a Costa do Marfim. O francês tem a tarefa de tornar inesquecível o último capítulo dos irmãos Kolo (32 anos) e Yaya Touré (30) e dos Didiers Zokora (33) e Drogba (36) com a camisa dos Elefantes.

Como ele mesmo disse em entrevista recente, a Costa do Marfim não pode ganhar a Copa, mas ser a primeira seleção africana a ir às semifinais, sim. No grupo da morte nos últimos dois Mundiais, os marfinenses estão com sorte em 2014: caíram numa chave acessível, com Colômbia, Grécia e Japão.

Sabri Lamouchi é o segundo técnico mais novo da Copa – 25 dias mais velho do que Niko Kovac, da Croácia. De ascendência tunisiana, ele nasceu em Lyon, e conquistou vários títulos dois da liga francesa, dois da Copa da França e um da Copa da Itália. Ouviu a Marselhesa de chuteiras em 12 partidas, mas com a seleção francesa teve a maior decepção da carreira: dias antes da Copa de 1998, foi um dos cortados do grupo que seria campeão.

A surpreendente eliminação para a Nigéria na Copa das Nações Africanas de 2013 aumentou a pressão sobre Lamouchi, que recentemente conviveu com rumores da contratação do italiano Giovanni Trapattoni para o seu lugar.

Como joga

O time é extremamente ofensivo. Distribuído no sistema 4-2-3-1, centraliza as jogadas em Yaya Touré, volante no Manchester City e meia de armação na seleção, atrás de Drogba. A velocidade pelos lados do campo também é uma arma: Gervinho, da Roma, e Kalou, do Lille, são também responsáveis por municiar o centroavante.

Confira os desafios dos técnicos Alejandro Sabella (Argentina), Marc Wilmots (Bélgica), Cesare Prandelli (Itália) e Fabio Capello (Rússia).