Em um desempenho surpreendente, Joinville conseguiu abrir mil novas vagas de empregos em janeiro. Para uma cidade que fechou 13,3 mil postos nos últimos dois anos, é uma recuperação ainda tímida, mas ainda assim melhor do que a arrancada no mesmo mês do ano passado, quando foram cortadas 77 colocações.
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Os números divulgados na sexta pelo Ministério do Trabalho são referentes ao mercado formal, em contratações com carteira assinada. Com quase 500 novas vagas, a indústria liderou a arrancada de 2017 em Joinville, seguida pela construção civil.
O resultado deste janeiro se aproximou do desempenho de janeiro de 2014, último ano em que a cidade conseguiu fechar o exercício com saldo positivo, isto é, com mais admissões do que demissões. Só nove cidades brasileiras abriram mais de mil vagas no mês passado. As outras duas da região Sul, Fraiburgo (SC) e Vacaria (RS), estão no momento da colheita da maçã, em fenômeno sazonal de contratação.
Deixa vender
A Prefeitura de Joinville está tentando junto ao governo do Estado a mudança da lei sobre o ginásio Ivan Rodrigues para tentar vender o imóvel. Em 2005, quando foi formalizada a doação da área do imóvel, o Estado impôs a proibição de venda da área. O ginásio está sem uso desde 2011.
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Sensível
Darci de Matos aponta a necessidade de o governo Udo ter mais “sensibilidade” com os pacientes com necessidades especiais. O deputado alegou que apenas endossou a proposta de Odir Nunes, chamada de “politiqueira” por Udo, de passar o prédio da antiga Gered para a nova sede do Naipe. Udo só aceita se vier reformado.
A rua da vez
Foram feitos outros pedidos, mas a Prefeitura de Joinville concentrou a pauta com Eduardo Pinho Moreira na visita de sexta na recuperação da rua Prudente Moraes, no Santo Antônio. O governador em exercício se comprometeu a conseguir os R$ 3,9 milhões para investimentos em drenagem e recapeamento.
Mais algo?
O foco dos pedidos de Joinville ao governo do Estado está na recuperação da Prudente, mas a lista completa é um assombro, quase um plano de governo. Só na saúde, tem os repasses em atraso, R$ 6 milhões do fundo estadual e R$ 2 milhões do PA Sul e ajuda para bancar o Hospital São José. Na infraestrutura, além da já prometida duplicação no Distrito Industrial, tem desapropriações de R$ 7 milhões para a Santos Dumont, corredor de ônibus e mais recapes.
Prestígio
Distante do governador Colombo desde a campanha eleitoral, Udo Döhler tem valorizado as cada vez mais frequentes visitas do vice Eduardo Pinho Moreira. Na audiência de sexta, o prefeito conseguiu reunir os 16 vereadores da base aliada (há quem se diga “independente” no grupo”) de uma Câmara com 19 integrantes. O convite foi formal.Secretários também participaram. Pinho tem retribuído a altura, com constantes citações de Udo como pré-candidato ao governo.
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Agora, é?
Poucos dias depois de Udo Döhler abordar o tema, Eduardo Pinho Moreira defendeu em Joinville, na sexta, a maior participação de Joinville no colegiado do governo Colombo. Faltou dizer, seja Udo ou Pinho, por que tal empenho por nomes joinvilenses não veio antes: do jeito que está, parece mais alfinetada no PSD de Colombo já de olho em 2018.
Gaveta
No primeiro mandato de Colombo, iniciado em 2011, o então presidente da Acij acompanhou Luiz Henrique em cobranças pela nomeação de secretários de Joinville. Mais adiante, com Colombo reeleito, Udo, já na condição de prefeito, também fez cobranças por nomeações, acompanhado de LHS, mas logo o assunto foi esquecido.
Uma lembrança
Em 2014, o PMDB de Joinville se queixou de que não emplacou Romualdo França na Infraestrutura porque Pinho não colaborou – o vice-governador nega até hoje. Udo teve dezenas de audiências com Colombo e nunca citou, publicamente, cobranças por “secretários de Joinville”. De uma hora para outra, o tema voltou. E Pinho recentemente colocou um aliado da região Sul na Infraestrutura: será que não sabia que Udo queria alguém de Joinville?
Não tem
A conclusão dos blocos com estruturas já instaladas no campus da BR-101, em Joinville, vai custar R$ 70,8 milhões à UFSC. Mais R$ 70,8 milhões são necessários para a segunda etapa, também com novas construções. Ainda é preciso de mais recursos para urbanização do campus (vias, iluminação, drenagem, esgoto etc.).
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A parceria
Como não tem esse dinheiro e o programa federal de ampliação das federais, a UFSC tenta uma improvável parceria com a iniciativa privada (uma empresa conclui a obra e explora os serviços prestados à comunidade universitária). Se der certo, talvez dê para retomar algo em 2018 – já são três anos de obras paradas. O acesso ao campus está perto de ser liberado, ainda que venha a ser usado somente como ponto de retorno (foto acima).
Só aluguel
Mas é muito difícil que seja fechada essa parceria. A própria UFSC diz que, se sair, será de 2018 em diante. a tendência é manter as estruturas alugadas por mais tempo. Nesses imóveis, são oferecidos os cursos de engenharia, com mais de 1,5 mil alunos. Hoje, o custo de locação é de R$ 350 mil mensais.
Pois é
Existe uma lei em Joinville, nascida de projeto do então vereador Jucélio Girardi, que determina a presença de agentes de trânsito em obras de infraestrutura com impacto no trânsito. A obrigação é para o período entre as 7 horas e as 19 horas. A legislação de 2012 também prevê sinalização e criação de rotas alternativas em caso de bloqueio. Não há previsão de punição em caso de descumprimento.
Debandada
Não há pressa, até porque as eleições estão distantes, mas talvez na semana que vem um grupo de suplentes do PSB de Joinville se reúna para definir a saída do partido. A maior parte, entre os mais votados, quer sair. Há ex-vereadores no grupo.
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De 2011
Irregularidades na prestação de contas de diárias de viagens a vereadores e servidores da Câmara de São Francisco do Sul em 2011 levaram o Tribunal de Contas do Estado a determinar o pagamento de R$ 309 mil. O débito tem de ser quitado por João Carlos de Miranda, o presidente do Legislativo naquele ano. O vereador pode recorrer.
Para os de casa
Dada a repercussão da história, Pinho Moreira tratou de dizer em São Francisco do Sul e Joinville que as declarações de Colombo sobre 2018 (de não ter compromisso com ninguém) foram para público, sem interesse em antecipar a disputa, até porque há dois anos ainda de governo. O próprio governador lhe disse isso. Colombo também disse gostar muito de Udo, segundo relatou Pinho.
Nomeações
Mais 19 cargos comissionados foram nomeados por Udo na sexta. Para a tristeza dos vereadores da base, nenhum para as subprefeituras. Ainda há 256 vagas para cargos de confiança abertas.