Joinville será prioridade no novo reforço de policiais militares a ser anunciado pelo governo do Estado nesta segunda-feira. A garantia foi dada pelo governador Raimundo Colombo na sexta. Mais de 500 aprovados no concurso de 2014 serão convocados – o número final será definido até domingo, mas é possível que suba.
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Para Colombo, a segurança em Joinville continua um desafio.
– Joinville será prioridade novamente – diz o governador. No ano passado, a região foi contemplada com 100 novos PMs, sendo 60 para Joinville. Os novos policiais já foram treinados e estão trabalhando. Os futuros PMs deverão concluir o treinamento até novembro. Hoje, Joinville tem 760 policiais militares, incluindo os dois batalhões, ambiental, rodoviária e companhia aérea.
Mais uma vez, o 8º BPM deverá ser usado para treinamento, com possibilidade de até duas turmas do curso de formação de soldados, com 30 cada um (nem todos alunos permanecem na mesma cidade do curso após a formatura). Hoje, Joinville tem 760 policiais militares, incluindo os dois batalhões, ambiental, rodoviária e companhia aérea.
Estatísticas
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Até sexta, foram 18 assassinatos em Joinville no ano. Nesta semana dois apenados em trabalho externo foram baleados e um deles morreu. Em 2016, no mesmo período, a cidade registrou 21 mortes. Nos últimos dois anos, Joinville bateu recordes de homicídios de forma consecutiva, chegando a 127 casos no ano passado.
Garantia
O investimento na duplicação do acesso ao Distrito Industrial de Joinville pela BR-101 (Edgard Meister-Hans Dieter Schmidt) está assegurado, garante o governador Colombo. A vinda dele à cidade nos próximos dias será para o lançamento do edital da obra. Projeto do ano passado previa custo de R$ 49,5 milhões.
Cosip
Em tese, como é uma contribuição, a Cosip poderia entrar na desvinculação das receitas da Prefeitura de Joinville, com possibilidade de até 30% dessa arrecadação ser utilizada livremente, não somente em iluminação pública. Só que isso não deve acontecer, não haverá desvinculação nesse caso.
Custo
Até faz sentido. Se, por exemplo, 30% da Cosip fossem usados em outra despesa, seria reconhecimento de que 70% são suficientes para manter a iluminação pública e, portanto, estaria se cobrando mais do que o necessário. Quando a emenda constitucional foi aprovada no Congresso, já houve parecer nacional com esse alerta.
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Duas frentes
A Visconde de Taunay será o ponto onde vão se encontrar as duas frentes de trabalho da macrodrenagem do rio Mathias, em algum momento do segundo semestre. Hoje, uma das empresas do consórcio toca os trabalhos na Otto Boehm e a outra na Jerônimo Coelho. A Visconde é apontada como o trecho mais complicado.
A galeria
No trecho da Visconde onde será instalada a galeria subterrânea, entre a Jacob Eisenhut e a Pedro Lobo, estão movimentados estabelecimentos da Via Gastronômica e um dos acessos a um shopping. As calçadas ficarão liberadas aos pedestres, mas o tráfego nas pistas de rolamento será interditado parcialmente durante os trabalhos.
Sem folga
A desvinculação das receitas, adotada nesta semana pela Prefeitura de Joinville, é apontada como “importante” pelo governo Udo, mas insuficiente para folga financeira. “Vamos ter que continuar cortando despesas”, alega o prefeito. Com a desvinculação, o município pode gastar livremente até 30% dos recursos não carimbados, isto é, que não têm destinação específica. O decreto foi feito com base em emenda constitucional.
Raciocínio
Ao ser questionado sobre a possibilidade de concorrer ao governo do Estado em 2018, Udo Döhler prefere montar um raciocínio curioso. Após repetir a mensagem de que foi eleito para governar Joinville por mais quatro anos, o prefeito cita que a eleição estadual passa pela cidade e há necessidade de reconhecimento. Até aí, nada de novo.
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Os quadros
Só que logo em seguida Udo emenda abordagens sobre quadros de Joinville capazes de comandar secretarias estaduais. Os resultados na educação, continuam, credenciam Roque Mattei. Haveria mais exemplos. Udo também repete a queixa de baixa representatividade de Joinville no colegiado de Colombo.
Aviso
O prefeito de Joinville sabe da impossibilidade de emplacar algum aliado no governo Colombo. Se não conseguiu antes, não será agora, com as relações estremecidas pós-campanha, que conseguirá algo. Mas tal raciocínio não deixa de ser um aviso para os pré-candidatos do PMDB irem dando uma atenção aos “quadros locais”.
O que pode?
Até o início de maio, a Prefeitura de Joinville tem que mandar para a Câmara a regulamentação das áreas de expansão urbana criadas pela LOT. É para informar exatamente o que pode ser instalado nas áreas que na prática deixam de ser rurais para praticamente se integrarem ao perímetro ubano. Há uma grande curiosidade sobre o que será possível no entorno do campus da UFSC (BR-101), na zona Sul.
Vai ficar
A Águas de Joinville vai continuar repassando parte do faturamento para a Prefeitura de Joinville, mesmo com o fim da Amae – a agência municipal foi extinta, mas continua operando até que seja contratada outra instituição de regulação. No mês passado, o repasse foi de R$ 83 mil. A agência também vai deixar dinheiro em caixa para o município, de repasses anteriores ainda não usados.
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Quem apoia?
Udo Döhler vem negando o interesse em concorrer ao governo do Estado. E é esse o entendimento, só mudará de ideia caso venha a ser nome de consenso e tenha total controle da situação, algo complicado se tratando de PMDB. Mas se quiser afastar as insinuações sobre sua candidatura, bastaria Udo citar quem é seu pré-candidato a governador. Sobram nomes no PMDB…
Inquérito civil
O Ministério Público abriu inquérito para apurar a legalidade do uso de recursos do Cerest em reforma do antigo prédio da Prefeitura de Joinville, agora reocupado.
Distância
Tanto Colombo quando Udo garantem não guardar mágoas da campanha e estariam dispostos a sentar e conversar. Os dois dizem isso desde o fim do segundo turno e já se vão quase quatro meses e nada desse reencontro.