O inquérito civil para apurar as providências tomadas pelo município para ser ressarcido por serviços prestados para outras esferas de governo pode até vir a ser uma ferramenta de auxílio da Prefeitura de Joinville por causa da possível pressão da promotoria. A investigação foi aberta nesta semana pelo Ministério Público de Santa Catarina para descobrir se está sendo feita a cobrança ou está havendo omissão. O alvo são os serviços de saúde, não especificados na portaria de abertura do inquérito. Pelo menos desde o final dos anos 90, a Prefeitura de Joinville vem se queixando de prestar serviços que seriam de competência do governo do Estado, da União e até de outras prefeituras. O Hospital São José encabeça a lista por prestar, evidentemente, atendimento de alta complexidade, o que seria de atribuição de outras esferas e por atender a pessoas de outras cidades, com reembolso pelo SUS considerado insuficiente. Darci de Matos e Udo Döhler prometem na campanha tentar colaboração dos governos estadual e federal para ajudar a bancar a folha de servidores do hospital municipal.

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Bombeiros

A Justiça negou liminar em ação da Acomac, Ajorpeme e CDL e manteve a possibilidade de os bombeiros militares fazerem vistorias em edificações comerciais em Joinville. As entidades empresariais queriam o veto à atuação militar com alegação da existência de convênio entre a Prefeitura de Joinville e os bombeiros voluntários.

Legalidade

A 3ª Vara da Fazenda Pública de Florianópolis (sede dos bombeiros militares) não observou ilegalidade nas vistorias dos militares. “Ainda que o município possa celebrar convênio com os bombeiros voluntários, isso não pode resultar em qualquer interferência ou restrição às atribuições constitucionais e institucionais dos bombeiros militares”, alegou a decisão.

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Mais ações

Na nova ofensiva de ações na Justiça Eleitoral, a campanha de Darci quer direito de resposta sobre a alegação da propaganda de Udo sobre o ranking de eficiência montado pela Folha. Crítica anterior de Darci foi apontada como equivocada por Udo. Também está sendo solicitada a retirada do material de Udo que exibe espaços e equipamentos públicos.

Novo” EIV

No Conselho da Cidade, há uma corrente interessada em mudar as regras do estudo de impacto de vizinhança (EIV) em Joinville. A tentativa é aumentar a metragem exigida, isto é, somente empreendimentos de grande porte precisaram apresentar o EIV. A discussão até foi feita quando foi analisado o projeto da Prefeitura para afrouxar a cobrança em ampliação de escolas.

Diferente

A matéria envolvendo escolas está em análise na Câmara de Vereadores. O Conselho da Cidade acredita que a proposta de mudança no EIV virá da Prefeitura em 2017, tanto faz quem seja o prefeito. É curioso: o município mandou emenda à LOT propondo EIV também para empreendimentos de menor porte, ou seja, ao contrário do imaginado por um grupo de conselheiros. A proposta foi rejeitada pelos vereadores nesta semana.

Mobilização em Joinville

A imposição de teto de gastos pela PEC 241 motivou protestos de professores e alunos na manhã de sexta em Joinville. O temor é o mesmo exibido em outras mobilizações pelo País: a redução dos recursos para custeio de setores essenciais, como a educação.

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Pinho fala

Cauteloso, Eduardo Pinho Moreira (PMDB) diz que o governador Raimundo Colombo tem sido pressionado por lideranças do PSD para maior participação na campanha em Joinville. “A disputa é natural e em nove dias tudo acaba. Acredito na maturidade”, alega o vice-governador, apostando em entendimento pós-eleição. Em relação ao confronto entre Udo Döhler e o governo do Estado, Pinho cita a estratégia de Darci.

A reação

“A campanha de Darci agrediu bastante Udo e isso gerou uma reação (do Udo), é uma lei da física”, diz o vice-governador. Para Pinho, o candidato do PSD quer ficar com os bônus da atuação do governo do Estado em Joinville, não com o ônus. Na semana que vem, ele estará em Joinville para a reta final. “É claro que se vencer em Joinville e Florianópolis, o PMDB fica muito forte para 2018”, diz.

Na reta final

O segundo turno da eleição de Joinville entra na semana decisiva com Darci de Matos e Udo Döhler sem adiantar as derradeiras estratégias. Nos últimos dias, o fato de maior repercussão foi o novo depoimento de Colombo para dar a versão do Estado sobre a ponte do Adhemar. Não chega a ser bombástico e ainda não há insinuação de que possa ainda aparecer algum terremoto.

Qual Joinville?

Na propaganda, em fenômeno natural em reta final, os candidatos vão esticando a corda. O material de Udo vai mostrando uma Joinville cada vez melhor, quase sem problemas após uma alegada lista de realizações do candidato à reeleição. Darci vai no sentido contrário e mostra uma Prefeitura mergulhada na ineficiência que pouco ou nenhum resultado traz aos moradores, uma tragédia. Deve ter gente no eleitorado que não reconhece nenhuma dessas Joinvilles tão diferentes.

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Mais planos

A nova atualização das estatísticas da Agência Nacional de Medicina Suplementar (ANS) mostra uma recuperação no mercado de planos de saúde de Joinville e traz uma surpresa nos números. Hoje, são 218 mil pessoas contam com cobertura na cidade, equivalente a 38% da população.

Alteração

O dado surpreendente, apresentado na sexta, são os novos números também de períodos anteriores. Com tal atualização, o recuo dos planos em Joinville continua evidente, mas é menos expressivo do que vinha sendo registrado. Ainda assim, pouco mais de 10 mil pessoas perderam a cobertura desde o ano passado.

Per capita

Santa Catarina aparece na 13ª posição no ranking dos Estados em gasto pessoal por habitante. No ano passado, o governo do Estado gastou R$ 11,6 bilhões com o funcionalismo, o que dá R$ 1.704 por habitante. No topo, o Distrito Federal despende R$ 3,7 mil. Na lanterna ficou o Maranhão, com R$ 857.

Joinville

Se a conta for feita em Joinville, também com base em dados do ano passado, o gasto por morador com as despesas de pessoal da Prefeitura chega a R$ 1.365 por ano (o cálculo foi feito cruzando a despesa líquida com pessoal com a estimativa de população de 2015 do IBGE).

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Até caiu

Na primeira pesquisa da ANP sobre os preços de combustíveis após o anúncio da Petrobras, o litro da gasolina até caiu em Joinville, passando de R$ 3,31 para R$ 3,28 em média.

Não deu tempo

Mas os dados foram coletados na segunda. Não tinha tempo para chegar até os postos a redução anunciada pela estatal, foi uma flutuação por outros motivos.