Com estratégia de reforçar temas abordados durante a campanha eleitoral, os candidatos a prefeito de Joinville utilizaram o debate da RBS TV para buscar os votos dos indecisos nem tão familiarizados com a disputa. Outra marca do encontro de ontem à noite, presente também no horário eleitoral em TV e rádio, foi o tom crítico dos adversários em relação ao governo de Udo Döhler, candidato à reeleição. Nos primeiros blocos, coube a Rodrigo Bornholdt, com citações sobre a “cidade parada”, e a Carlito Merss, com cobranças na educação, as abordagens mais críticas ao peemedebista. Udo se defendeu apontando realizações.
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Em momento que o debate desviou da rota de críticas à Prefeitura – nem os ex-prefeitos Carlito e Marco Tebaldi chegaram a se cutucar, enquanto que Darci de Matos e Tebaldi evitavam de fazer perguntas entre si – , Rodrigo questionou Darci sobre a defesa do governo do Estado pelo candidato do PSD. Para o candidato do PDT, Joinville não estaria sendo bem tratada pelo governador. Darci rebateu apontando as obras estaduais na cidade. Ainda nesse terreno, Udo também citou a necessidade de cobrar mais efetivo.
Marco Tebaldi usou sua pergunta para alfinetar adversários perguntando a Dr. Xuxo se ele poderia citar grandes obras dos últimos governos. Dr. Xuxo diz que só ouviu “desculpas”. Em outra indireta para Udo, Darci perguntou a Carlito sobre a dívida deixada pelo seu governo, dando chance ao petista criticar o bordão sobre falta de gestão e não de dinheiro. Os candidatos conseguiram dar um panorama da suas propostas e posições, mas sem arriscar abordagens inéditas.
A abordagem da ação de Dr. Xuxo contra Udo sobre nomeações e repasse para escola de samba também ganhou espaço.
Com cautela
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Com exceção de citar criticamente as condições com a qual alegou ter recebido a Prefeitura, uma forma de mostrar as melhorias na sua administração, Udo preferiu não partir para o confronto com os adversários. E acabou ouvindo cobranças sobre licitações do transporte coletivo e do rotativo, entre outras. Tebaldi repetiu o compromisso com o eixo Norte-Sul e citou obras como Arena, Marquês, que “não acreditavam” e foram feitas.
Reforço nas posições
Darci repetiu a necessidade de “mais atitude” para administrar Joinville e formação de equipe competente para o governo . Carlito, mais uma vez se queixou do debate “não falta dinheiro, falta gestão” e o “dá para fazer” de 2012. E citou “forças ocultas” que mais uma vez impediram a aprovação da LOT. Na discussão sobre obras, Dr. Xuxo mais uma vez citou as operações consorciadas como forma de captação de recurso.
REDE DA OTTO BOEHM
A realocação da rede de água, última fase antes do início de etapa de macrodrenagem naquele local, já iniciou na rua Otto Boehm, na área central de Joinville. Logo depois, começa a instalação das galerias do rio Mathias. Preocupados com eventuais transtornos, estabelecimentos comerciais querem suspender a obra naquele ponto até que sejam apresentados mais estudos. A liminar não foi concedida.
Com pessoal
Se em Joinville a despesa com pessoal ficou em R$ 799 milhões nos últimos 12 meses, no governo do Estado chegou a R$ 9,5 bilhões no mesmo período. O Estado está gastando 47,74% com a folha dos funcionários, conforme balanço divulgado nesta semana – o limite para governos estaduais é de 49%.
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2º turno
Com plano de permanecer em Joinville até o dia da eleição, Paulo Bauer (PSDB) aponta como “quase impossível” que a eleição na cidade se decida no primeiro turno. O senador se diz confiante na passagem do tucano Marco Tebaldi para o segundo turno. Ao percorrer o Estado, Bauer vê pontos positivos nas novas regras de campanha eleitoral.
Avaliação
Para o senador, as restrições às placas agradaram aos eleitores, deixaram as campanhas visualmente mais limpas e não prejudicaram os candidatos, segundo Bauer. Os recursos mais escassos também levaram os candidatos a trabalhar com mais eficiência. O senador está convicto de que a proibição de doações empresariais veio para ficar. Para Bauer, o candidato tem de pedir votos, não dinheiro.
Novos cursos
Na lista de novos cursos oferecidos pela UniSociesc no vestibular de verão, estão jornalismo, cinema, publicidade e propaganda, medicina veterinária, gastronomia, design de moda, educação física, entre outros. A instituições tem dois campi em Joinville, na Marquês de Olinda e no Boa Vista.
Cinema
Com as novas ofertas, a UniSociesc pretende abrir 600 novas vagas de graduação na cidade. No curso de cinema, informa a assessoria, os alunos poderão desenvolver toda a criação, desde roteiro até finalização. São 38 cursos em Joinville. As inscrições para o vestibular estão abertas.
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Tudo pronto
É nessas urnas que os eleitores de Joinville vão se manifestar no domingo. São 1,5 mil aparelhos, sendo 300 deles de reserva em caso de algum problema com os demais
Por que encerrou
Levi Rioschi (PPS) alega ter encerrado a sessão de quarta-feira da Câmara de Joinville porque não tinha mais nenhum assunto a ser tratado na ordem do dia. O vereador ocupava a presidência interinamente porque Rodrigo Fachini (PMDB) estava conversando no seu gabinete representante do Conselho da Cidade.
Mais ação na Justiça
Com a sessão encerrada, o projeto da LOT não foi votado e quarta era dia da última sessão da semana. A análise em plenário ficou para a próxima segunda-feira, dia seguinte à eleição. Na quarta, foi apresentada a segunda ação judicial com pedido de suspensão da votação até que sejam apresentados estudos complementares sobre o projeto.
Queixa
Em nota pública divulgada ontem, a OAB de Joinville apontou problemas na ala feminina do Presídio Regional de Joinville. Em inspeção realizada nesta semana, a OAB constatou falta de ventilação e falhas no fornecimento de água e de energia. Além disso, há detentas condenadas que deveriam estar em penitenciária.
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Em obras
Será feita cobrança ao Estado por melhorias na ala. O governo estadual está construindo uma cadeia feminina em Joinville, com capacidade para 286 detentas. Pouco mais de 20% da obra já andou e a conclusão deve ocorrer até o final do ano que vem. A construção fica dentro do complexo prisional, junto à Penitenciária Industrial e ao Presídio Regional.
Em série
Até o fim da tarde de ontem, já eram cinco representações da aliança de Udo contra Dr. Xuxo e o PP por causa da série de inserções contra o candidato peemedebista. A veiculação iniciou na terça. O pedido é de direito de resposta, ainda em análise pela Justiça Eleitoral.
Dívida ativa
A recuperação da dívida ativa (impostos em atraso já prontos para serem cobrados judicialmente após tentativas administrativas) trouxe R$ 10,8 milhões para os cofres da Prefeitura de Joinville ao longo do ano. No orçamento, a previsão era de arrecadar R$ 76 milhões com o pagamento de débitos.
Na média
A receita da Prefeitura de Joinville com a cobrança da dívida ativa vai acabar ficando na média dos anos anteriores, entre R$ 12 milhões e R$ 14 milhões anuais – quando a então previsão orçamentária também apontava montantes maiores.
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Há 20 anos
A cobrança de mais efetivo para a PM, com possibilidade de criação de Guarda Municipal; a despoluição do rio Cachoeira; a ampliação da rede de água; as aberturas da Marquês de Olinda e da Beira-mangue; e a atuação mais forte da Prefeitura na criação de empregos foram temas na campanha de 1996 em Joinville.