Em preparação para atuação em Joinville, os bombeiros militares vão propor parceria com a corporação voluntária. O modelo a ser apresentado prevê repasse para os voluntários de até 90% da receita com as vistorias, a serem assumidas integralmente pelos militares. Hoje, os voluntários têm convênio com a Prefeitura e os contribuintes não pagam pelas vistorias.
Continua depois da publicidade
Com os militares, as análises das condições de segurança e de prevenção de incêndios passam a ser pagas O comando dos bombeiros militares teve conversa ontem em Joinville no Ministério Público para tratar da atuação na cidade. Já há uma área a ser locada na avenida Santos Dumont, embora os militares ainda esperem contar com espaço cedido no quartel dos voluntários.
A maior presença na cidade, com efetivo de até 20 pessoas – hoje são sete – é considerada uma ¿obrigação¿ por causa da nova lei federal sobre a prevenção de incêndios, a chamada lei da Boate Kiss. A lei é de março, com dispositivos a serem aplicados a partir de outubro.
¿É nossa responsabilidade fazer a fiscalização, a lei é clara nesse sentido¿, alegou o comandante Onir Mocellin, em visita ontem ao Ministério Público, acompanhado de colegas da corporação.
O coronel aponta parcerias com os voluntários em Caçador e Concórdia como exemplos de integração. A Prefeitura, os voluntários e também os empresários serão procurados.
Continua depois da publicidade
Os recursos a serem repassados pelos militares poderão ser usados na compra de equipamentos pelos voluntários, afinal, a corporação militar alega não ter interesse no setor operacional (combate de incêndios, resgates, atendimento de feridos em acidentes de trânsito etc.). Além disso, o repasse será usado como alegação para assegurar que a corporação não está em Joinville ¿apenas para arrecadar¿.