Em uma polêmica inimaginável de final de campanha, a usina do asfalto esteve presente no debate entre Darci de Matos e Udo Döhler realizado nesta quarta-feira pelos jornais “A Notícia” e Diário Catarinense. Proposta do candidato do PSD surgida no segundo turno como forma de baratear o custo do asfalto e retomar a pavimentação em larga escala em Joinville, a usina voltou a ser criticada pelo peemedebista, cujas inserções em rádio e TV já vinham questionando os custos ambientais.
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No debate, Udo citou a participação reduzida da massa asfáltica na pavimentação (há os custos com terraplenagem, drenagem, sub-base etc.) e os custos de manutenção, o que levou ao fechamento da usina de Joinville no início da década passada. Para o candidato à reeleição, há risco de virar um “elefante branco”.
Darci discorda das críticas sobre impactos ambientais e o custo porque usinas são licenciadas por órgãos ambientais e são rentáveis para as quatro empresas com produção própria de asfalto em Joinville. O candidato do PSD alega que um número reduzido de funcionários pode operar a unidade e as demais etapas da pavimentação devem continuar terceirizadas. Dos 1,8 mil km de vias de Joinville, falta pavimentar pouco mais de 700 km.
Sobrou
No enfrentamento entre Darci e Udo sobre a atuação do governo do Estado em Joinville, no debate desta quarta-feira, as farpas sobraram para Simone Schramm, lançadas pelo candidato do PSD. Darci até respondeu à crítica de Udo sobre segurança, mas antes recomendou que o candidato do PMDB fizesse a pergunta também a Simone, peemedebista secretária da ADR, agência do governo do Estado em Joinville.
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Transporte
No transporte coletivo, Darci e Udo não conseguiram trazer nada de novo na campanha, nem no debate. O candidato do PSD insiste na nova licitação, mas o lançamento do edital dependerá de a Prefeitura derrubar decisão judicial que impede a concorrência, uma situação imprevisível. Darci acredita piamente que a licitação, por si só, basta para melhorar os serviços.
Corredores
O candidato do PMDB, por sua vez, cita os corredores exclusivos, em especial os previstos em pacote de obras que um dia foi chamado de Eixão. Para Udo, os corredores podem deixar a tarifa até 30% mais baixa. É uma fórmula defendida desde 2013 e até agora apenas um trecho da rua São Paulo foi licitado. Os corredores implantados até agora pelo governo Udo não trouxeram impacto decisivo na tarifa.
Confronto na reta final
Darci de Matos e Udo Döhler conversam com assessores em intervalo debate promovido por “AN” e DC. Os episódios envolvendo o Dona Helena, as obras e deficiências do governo do Estado em Joinville e a usina do asfalto estiveram entre os pontos polêmicos. Na sexta, é a vez do debate derradeiro na RBS TV.
Tropas
Nas redes sociais, a eleição de Joinville anda nervosa e tensa. Mas nas ruas, continua a tranquilidade. Já nas três cidades do Paraná com segundo turno, Curitiba, Maringá e Ponta Grossa, o TSE autorizou o envio de tropas federais. Há presença militar em outras cidades do País.
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Bloqueio
Em nota divulgada nesta quarta-feira pela assessoria do Ministério Público, foi informado o bloqueio de R$ 3 milhões do governo do Estado para o custeio de internações em leitos de UTI em Joinville e região. A decisão foi tomada nesta semana pela 2ª Vara da Fazenda Pública. Cabe recurso à liminar concedida em primeira instância. Em 2013 e 2014, houve bloqueio de recursos do município em ações de especialidades, também por meio de liminares ao MP.
Vagas de UTI
A ação com nova decisão é de 2011 e em 2015 houve liminar determinando ao Estado – e naquele momento também ao município, que depois foi excluído – a oferta de leitos de UTI para atendimento de toda a demanda, inclusive com internação na rede privada em caso de falta de vagas na rede pública. O bloqueio contra o Estado foi determinado pelo juiz Roberto Lepper porque continuam surgindo ações individuais atrás de vagas de UTI. Na ação, o Estado informou que o Hospital Regional terá mais vagas de UTI.
LOT também na reta final
A votação das emendas ganhou velocidade nos últimos dias, inclusive com a sessão extraordinária na manhã de quarta-feira, e há possibilidade de essa etapa ser concluída nesta quinta, também em extraordinária. Só resta a análise de 15 das 75 emendas que foram enviadas ao plenário. Há outras etapas ainda da tramitação da LOT a serem vencidas na Câmara.
Para liberar
A análise da LOT na Câmara de Joinville, nesta fase de votação de emendas, se transformou em discussão sobre o que mais é possível liberar na cidade. A maioria das emendas é para permitir construções, serviços, indústrias, comércios, prédios mais altos etc. onde hoje não pode ou que não há previsão no projeto original da LOT.
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Rejeição
No caso do bairro América, a liberação não tem ido adiante. Depois do arquivamento da medida com proposta de permissão de mais estabelecimentos comerciais na rua Marechal Deodoro, ontem foi a vez de os vereadores não aceitarem a alteração que autorizaria serviços de pequeno porte no entorno do Hospital Infantil.
Inserção fora do ar
A coligação de Udo conseguiu retirar do ar nesta quarta-feira a inserção da coligação de Darci que reproduzia fala de integrante da campanha adversária nas redes sociais, com pedido de gravações de depoimento. O pessoal de Udo alegou que a fala foi exibida de forma parcial, com edição.
Defesa do Dona Helena
A Justiça Eleitoral mandou arquivar ação da aliança de Darci contra Udo e o Dona Helena por causa dos anúncios do hospital em relação ao episódio do certificado de filantropia, abordado pelo candidato do PSD. A Justiça alegou que o material não citou nenhum candidato e só fez a defesa do hospital.
Para os táxis
Em Curitiba, todos os táxis terão de aceitar cartão de crédito a partir do final de novembro e, em março, o traje social passa a ser obrigatório. Em Joinville, é crescente o uso do cartão. Há vários pontos que adotam o uniforme, mas camisa e calça sociais são exigidos em lei somente no aeroporto e na rodoviária.
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Atraso da LOT
No debate desta quarta-feira, houve questionamento ao Ippuj no andamento da LOT. Para Darci, o instituto não soube conduzir a tramitação do projeto, o que motivou o atraso. Udo responsabilizou a judicialização pela demora.
Empregos
Pelo balanço do emprego divulgado nesta quarta-feira, 2016 tem sido ano de estagnação em Joinville, com redução sensível de vagas – 106 demitidos a mais em relação aos contratados. No ano passado, até setembro, já eram 5,7 mil postos de trabalho a menos na cidade.
Meteorologia
Até o impacto do clima no dia da votação é avaliado no segundo turno de Joinville.
Segundo turno
O clima entre os dois é tenso, mas Darci e Udo tem conseguido manter a cordialidade quando se encontraram.