Era uma nova decepção, uma derrota para a Inglaterra quase descaracterizada, não tivesse Lucas encontrado uma passagem pelo flanco, feito uma cruzada sobre a grande área e Paulinho, de um voleio como já não se vê há tempos, acertado no canto de Hart um chute belíssimo – muito melhor do que todo o jogo.
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A salvação.
Foi um empate ligeiramente constrangedor, e que seria ainda pior não fosse essa reação de fim de jogo, feita na respiração e no grito. O primeiro tempo foi melhor, graças à iniciativa da marcação e ao toque de bola com três médios atacantes que mereciam o gol mais do que o centroavante Fred, autor do primeiro mas sem grande presença. Mas foram os gols que mais escaparam da Seleção. Em 17 conclusões no primeiro tempo, houve apenas seis situações de gol, sendo quatro delas defesas empolgantes de Jon Hart. Enquanto isso, os desestimulados ingleses conseguiam dois chutes em toda a primeira etapa.
Essas qualidades da Seleção não se repetiram no segundo tempo, que foi bem mais inglês do que brasileiro. Sumiu Neymar, o mais ativo dos atacantes do primeiro tempo. Os ingleses passaram também a jogar com passes e aproximações, além de marcar com maior atenção. Fizeram dois gols – o segundo de Rooney, precioso -, e só não patrocinaram um vexame brasileiro na reabertura do Maracanã pela conquista de Paulinho nos últimos minutos.
Felipão experimentou Filipe Luís no lugar de Marcelo e Luís Gustavo no de Fernando, que só entrou no final. Em entrevista pós-jogo, o técnico afirmou: se tivesse de jogar logo outra vez, escalaria o time do primeiro tempo.
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O time ainda vai ser escalado.