Um russo procurado pela Interpol que foi preso no fim de maio em Florianópolis poderá agora aguardar em liberdade pelo processo de eventual extradição para seu país natal. Ele responde na Rússia pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa.

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A soltura dele foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em despacho assinado pelo ministro Dias Toffoli no último dia 28. O magistrado acolheu argumentos da defesa de que o russo ainda não foi condenado em seu país de origem nem ofereceria risco à ordem pública e econômica em caso de soltura. Além disso, o imigrante solicitou pedido de refúgio e tem filhos menores de idade e emprego lícito.

O russo é suspeito de ter lucrado cerca de R$ 145 mil (2.733.700 rublos russos) junto de seu grupo criminoso por meio de concessões fraudulentas de crédito em bancos na Rússia entre 1º de dezembro de 2010 e 26 de agosto de 2011. Por ser alvo de um mandado de prisão em seu país natal, ele teve o nome integrado desde então à Difusão Vermelha da Interpol.

Fora da prisão, o russo estará submetido a uma série de medidas cautelares: proibição de se ausentar do país e entrega de passaporte à Justiça Federal; comparecimento mensal em juízo; recolhimento domiciliar noturno; proibição de deixar Santa Catarina sem autorização; e obrigação de comunicar eventuais mudanças de endereço em Florianópolis, onde vive.

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Em caso de descumprimento de qualquer uma dessas imposições do STF, o russo será levado novamente para prisão preventiva. Anteriormente, ele foi encontrado por iniciativa da Polícia Federal.

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