O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse esperar que os países ocidentais “não ofereçam obstáculos à operação antiterrorista” em Idlib, a última região síria que escapa ao controle das forças governamentais de Damasco.

Continua depois da publicidade

“Espero que nossos sócios ocidentais não favoreçam as provocações, não ofereçam obstáculos à operação antiterrorista” em Idlib, afirmou Lavrov, em entrevista coletiva acompanhado do chanceler saudita, Adel al-Jubeir.

Fronteiriça com a Turquia, a província de Idlib é o último bastião insurgente do país que o presidente sírio, Bashar al-Assad, apoiado por Moscou, deseja retomar.

Lavrov disse ainda que há um “total entendimento político” entre Rússia e Turquia, país que, em tese, apoia os rebeldes na guerra da Síria.

Continua depois da publicidade

Ambos os países lançaram intensas negociações para evitar que a situação em Idlib afete a aliança de Moscou e Ancara para pôr fim ao conflito sírio.

“É preciso dissociar a chamada oposição moderada dos terroristas e, ao mesmo tempo, preparar a operação contra eles, minimizando os riscos para a população civil”, acrescentou Lavrov.

O ministro russo reiterou que o Ocidente está “ativando a ideia” de um “suposto ataque químico por parte do governo sírio” em Idlib, para justificar depois uma agressão contra o governo Assad.

Continua depois da publicidade

Uma ofensiva de Damasco na província de Idlib parece cada dia mais iminente, apesar do problema representado pela variedade de habitantes que vivem na província – de populações deslocadas a rebeldes moderados e islamistas radicais.

Hoje, cerca de 60% de Idlib está dominada pelo Hayat Tahrir Al Sham (HTS), um grupo formado por membros do antigo braço da Al-Qaeda na Síria.

* AFP