A Rússia decidiu chamar para consultas seu embaixador na Ucrânia, informou o ministério russo das Relações Exteriores, um dia após a destituição do presidente pró-russo Viktor Yanukovytch.
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– Em razão da escalada da situação na Ucrânia e da necessidade de analisar a atual situação sobre todos os aspectos, decidimos chamar a Moscou para consultas o embaixador da Federação Russa na Ucrânia- Mikhail Zourabov, revelou um funcionário do ministério.
Após três meses de protestos e dezenas de mortos, o Parlamento ucraniano designou neste domingo Olexander Turchinov como presidente interino e convocou eleições para 25 de maio.
O paradeiro de Viktor Yanukovytch, destituído no sábado, é desconhecido.
O ministério russo das Relações Exteriores confirmou o contato telefônico neste domingo entre o chanceler Sergue Lavrov e o secretário americano de Estado, John Kerry.
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No telefonema, Lavrov lembrou a Kerry que a oposição ucraniana ignorou os termos do acordo acertado no dia 21 de fevereiro para superar a crise:
– De fato querem tomar o poder na Ucrânia, recusando-se a depor as armas e prosseguindo com a violência.
Lavrov insistiu na necessidade de se aplicar plenamente o acordo promovido pelos ministros das Relações Exteriores de Alemanha, Polônia e França, destacando que o documento foi firmado pelos representantes de vários países europeus e saudado oficialmente pelo governo dos Estados Unidos.
Segundo um alto funcionário do departamento de Estado, durante o telefonema Kerry recordou a necessidade de que “todos os estados respeitem a soberania da Ucrânia, sua integridade territorial e sua liberdade de escolha”.
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Kerry também comunicou a Lavrov o “firme apoio” de Washington à decisão do Parlamento ucraniano de designar um presidente e um primeiro-ministro interinos.
Estas medidas “constituem o caminho mais rápido e promissor para restaurar a paz e a estabilidade na Ucrânia e para responder aos problemas financeiros que ameaçam o país nas próximas semanas e meses”.