A Rússia acusou, neste sábado (4), os Estados Unidos de terem permitido que uma carta confidencial enviada por um militar russo de alto escalão a seu equivalente americano fosse vazada. O documento tinha propostas de cooperação na Síria.
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“Estamos decepcionados pela incapacidade da parte americana de respeitar os acordos sobre a publicação do conteúdo de nossos contatos apenas com a aprovação das duas partes”, declarou o Ministério da Defesa russo em nota.
Vários veículos de imprensa ocidentais informaram, neste sábado, que a Rússia usou seu “canal de comunicação confidencial” com o Pentágono para propor a Washington cooperar a fim de garantir a “reconstrução da Síria e o retorno dos refugiados”.
O Ministério da Defesa confirmou o envio de uma carta, em julho, do chefe do Estado-Maior russo, o general Valery Gerasimov, ao chefe do Estado-Maior americano, general Joseph Dunford, segundo o comunicado.
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A parte russa informou à americana sobre as “medidas que a Rússia e o governo sírio estão tomando para estabilizar a situação na Síria”, segundo a mesma fonte.
Entre outras medidas, estão garantir a segurança dos refugiados instalados em acampamentos de Rukban, na zona controlada pelos Estados Unidos, e “criar as condições necessárias para seu retorno”, afirma o texto.
A Rússia também propôs a “coordenação de questões em torno da desminagem humanitário, especialmente em Raqa”, ex-bastião do grupo extremista Estado Islâmico, acrescentou.
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Em julho, a Rússia, que intervém militarmente na Síria desde setembro de 2015, em apoio ao regime de Bashar al Assad, já anunciou que propôs aos Estados Unidos cooperar para garantir a volta dos refugiados sírios, sobretudo os que estão na Jordânia e Líbano.
* AFP