Gustavo Breier, diretor do Instituto do Som e um expert em engenharia de som com quase 20 anos de experiência, estará a postos hoje, na Escola de Música Arte Maior, para dar o caminho das pedras a quem pensa montar um estúdio caseiro.

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A partir das 20 horas, e com entrada gratuita, ele falará sobre acústica, uso de microfones, re-amp, compressão, efeitos e outras possiblidades que, no mínimo, agregarão conhecimento de sound design a músicos e produtores de Joinville.

Orelhada conversou sobre o assunto com Breier, cuja sapiência na área o levou a prestar serviços para gente do nível de Hermeto Pascoal, Yamandú Costa, Ian McCulloch (Echo and The Bunnymen), Dominguinhos e Tom Verlaine (Television).

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Gravar em casa é mais simples do que parece?

Gustavo Breier – É simples, sim. A tecnologia facilitou e viabilizou esse processo. O negócio é saber gravar, o que fazer e como fazer.

Custa muito montar um home studio?

Gustavo – Existem diferentes faixas de preços. É como um carro: existe o modelo alemão esportivo e existe o básico nacional – os dois cumprem o objetivo principal de locomoção, mas a diferença de preço é brutal. Com R$ 10 mil, R$ 15 mil dá para ter um excelente home studio e, aos poucos, ir adquirindo outros acessórios.

É possível conseguir um nível de qualidade de gravação compatível com grandes estúdios?

Gustavo – Com certeza! A tecnologia usada em estúdios de grande porte é a mesma que eu utilizo no meu home studio e está acessível a qualquer um. O diferencial é saber usar o recurso que se tem e onde estão as deficiências para corrigi-las.

É a melhor solução para quem está começando ou possui poucos recursos?Gustavo – É a melhor solução até para quem possui muitos recursos. Antes de tudo, precisa aprender a gravar, e isso leva tempo. A gravação e as técnicas de gravação mudaram muito pouco nos últimos 60, 70 anos. Um bom ouvido e conhecimento fazem mais diferença que recursos tecnológicos. E essa experiência, leva-se muito tempo para adquirir.

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Qual é o ponto fundamental para quem grava em casa chegar a um bom resultado?

Gustavo – Estudar, pesquisar, experimentar, ouvir, repetir. Explorar todas as possibilidades é fundamental na construção de um bom trabalho. E, nesse caso, as possibilidades são infinitas. Muitas vezes, um centímetro que você movimenta um microfone pode trazer o detalhe e a cor mais interessante de um timbre.

E qual é o grande erro que quem grava em casa costuma cometer?

Gustavo – O grande erro é apostar em equipamentos e tecnologia. Estou produzindo música e som há mais de 16 anos e utilizo o mesmo equalizador, por exemplo, há 13. Todo mês, experimento alguma ferramenta nova, que me surpreende por cinco dias, e depois percebo que ela não é tão boa como parecia. Esse é o tipo de negócio em que não existe mágica. O melhor resultado se encontra nos fundamentos básicos.

Que bom disco gravado em home studio vem a sua mente agora?

Gustavo – Acompanho diversos profissionais que admiro e vejo muitos destes caras trabalhando em home studios. Mas o álbum que me veio na cabeça foi o Wasting Light, do Foo Fighters, feito em um home studio bem recheado.

Bonde da alegria

Projeto de extensão da Univille com mais de dez anos de duração, o Palhaçoterapia fez as primeiras visitas aos hospitais São José e Infantil em 2016. As reações emocionantes de pacientes, funcionários e clowns a essa presença foram registradas pelo fotógrafo, ator da Cia. de Teatro da Univille e palhaço nas horas vagas Léo Waltrick, que transformou as imagens na exposição Colecionadores de Instantes, em cartaz até domingo no Shopping Mueller.

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Aniversário

Para comemorar seus 25 anos de fundação, a Associação Jaraguaense de Artistas Plásticos (Ajap) convidou 29 associados para uma exposição especial em sua sede, na rua Quintino Bocaiuva, 85. Entre pinturas, instalações, fotografia, xilogravura, escultura e desenho, são 33 obras que ficam à mostra do público até o dia 23. Agendamento de grupos pode ser feito pelo e-mail contatoajap@yahoo.com ou pelo fone (47) 99614-6994, com Cristina Pretti.

Cinema

O ciclo de filmes alemães continua em ritmo acelerado no Sesc de Joinville. Hoje, o cartaz é Yella (2007), sobre uma mulher que muda de vida para fugir do marido violento, mas o passado insiste em assombrá-la. Amanhã, é a vez de Bem-vindo à Alemanha (2011), que acompanha a história de uma família cujo patriarca migrou para Berlim nos anos 60. As sessões, sempre às 20 horas, são gratuitas.

Frase do dia

Durante uma semana, eu pesei tudo e parecia que as cortinas iam se fechar. Parecia hora de dizer adeus. (…) Eles pegaram o câncer no início. As pessoas precisam se examinar. É sério. Eu fui sortudo demais. Eu sempre tive um anjo da guarda muito forte cuidando de mim. O normal seria eu não estar mais aqui.

Ron Wood (à esquerda) revela ao jornal Daily Mail que viu o fim próximo ao receber, em maio, o diagnóstico de um câncer de pulmão. Operado, o guitarrista – que parou de fumar um ano antes, quando nasceram suas filhas gêmeas – se recupera bem e já mira a próxima turnê dos Rolling Stones.

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