A semente do Instituto Mário Avancini foi plantada e desde abril está sendo regada por um grupo de artistas, familiares e voluntários para gerar o fruto sonhado pelo lendário escultor joinvilense (foto): usar sua obra para ajudar crianças e adolescentes em situação de risco. Foi um desejo revelado poucos meses antes de falecer, em 1992, segundo a neta Daniela Avancini.
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– A arte foi o bálsamo da vida dele. Apesar de ter passado por dificuldades, a arte fez de sua vida especial e serena. Para ele, a arte tem o poder de sublimar dores e dificuldades diversas – conta.
O grupo aguarda a aprovação do CNPJ da entidade para começar, efetivamente, a tirar os planos do papel. Além da participação em editais, uma das medidas será se tornar uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip), o que facilita convênios e parecerias com órgãos públicos. Mas isso só será possível após um ano trabalhando na comunidade. Então, a ideia é começar ainda neste ano a oferecer cursos gratuitos, possivelmente em algum espaço no Boa Vista, onde Mário morou por muitos anos. O voluntariado será uma marca forte do instituto, que se manterá com a contribuição dos associados e receitas vindas de editais.
– Queremos levar a essa criança em vulnerabilidade social a possibilidade de ser um cidadão por inteiro. Por meio dos conceitos da economia social, também levaremos a possibilidade de aprender a produzir. Aí entrará a proposta das práticas integradas e complementares, pois o objetivo do instituto é cuidar da criança e da família como um todo, oferecendo educação por meio da arte – diz Daniela.
Como complemento à boa nova da entidade, vem aí a versão em longa metragem do documentário “Mário Avancini – Decifrando a Linguagem das Pedras”, que estreou em dezembro passado em formato de curta. O projeto foi selecionado em um edital da Ancine e tem até o final do ano para captar os recursos (via abatimento fiscal) junto a empresas. Segundo Daniela, será uma produção completamente nova, misturando documentário e ficção, inclusive com uso de atores.
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Pedagogia da dança
O Coletivo Ímpar de Teatro promove, de hoje até domingo, no Sesc de Joinville, a oficina O corpo móvel, com Alex Dias, bailarino, coreógrafo e professor de dança contemporânea do Grupo de Dança Primeiro Ato (MG). A base pedagógica aborda a educação somática, principalmente o método Feldenkrais (autoeducação por meio do movimento), e propõe a vivência de uma organização corpórea mais global e equilibrada. Por ter o apoio do Simdec, a atividade tem inscrições gratuitas pelo e-mail nathiellewougles@impar.art.br. Mais informações pelo telefone (47) 99221-8345.
Direto de Pompeia
Joinville será uma das 12 cidades brasileiras que receberão o filme-concerto “David Gilmour: Live at Pompeii” no dia 13 deste mês. O GNC Garten exibirá, em uma uma única sessão, às 20 horas, o registro de dois shows do músico britânico no mesmo anfiteatro romano onde o Pink Floyd fez uma lendária performance em 1971. Em pouco mais de duas horas, rodeado de pirotecnia, Gilmour executa clássicos do Floyd e de seu mais recente disco solo, “Rattle that Lock”. Os ingressos estão à venda no site da empresa de cinema.
Encontro de narizes vermelhos
A coluna voltará ao assunto “palhaços”, só que com um viés mais leve do que o da coluna desta quinta-feira. É que a atriz e produtora Bia Alvarez confirmou a realização do 2º Encontro de Palhaças e Palhaços de Joinville para 2 a 10 de dezembro, e anunciou inclusive grupos catarinenses já confirmados: Traço Cia. de Teatro, Cia. Circo-íris, Tenha Dó, Cia. de La Curva e a palhaça Curalina Fosfoso. Uma campanha de financiamento coletivo será lançada para ajudar nos custos de produção. No ano passado, o primeiro encontro aconteceu em abril e reuniu 15 grupos de cinco Estados.
Frase
“É um álbum que se comunica com a criança, mas também muito com o adulto. Ele tem várias camadas a serem descobertas e pode ser apreciado de diferentes maneiras. Por exemplo, minha mãe, que é uma senhora de 74 anos, curte demais. É muito bacana vê-la escutando Rita Pavone, que é da época de adolescência dela, e também Ricky Martin.”
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Fernanda Takai fala à revista “Rolling Stone” sobre “Música de Brinquedo 2″, nova aventura do Pato Fu pelas versões em clima de festa infantil. Além dos já citados, a banda regravou The Police, B-52’s, Raimundos e Genival Lacerda, entre outros.
Som e palavra
Para quem ama Arnaldo Antunes e não vê problemas em pegar a BR, o eterno titã se apresenta hoje, às 20h30, no Teatro Ademir Rosa, em Florianópolis. O show “A Casa é sua” – no qual é acompanhado por dois músicos nos maiores sucessos e outras parcerias – também marca o encerramento da exposição sobre sua obra, “Palavra em Movimento”, desde maio na Capital.