O rap feito em São Francisco do Sul não manda lembranças, mete o pé na porta e o dedo na cara com o segundo disco do Clã do Subúrbio, produzido no 2k Estúdios e lançado no domingo. O canal do quinteto no YouTube foi o receptor das 15 faixas de “Tóxico ao Sistema”, que, à exceção de um ou outro momento romântico, não economiza no discurso incisivo, clamando contra os poderosos, as injustiças sociais, o gosto pela guerra e a falta de conscientização. A capa do álbum (ao lado), assinada pelo artista conhecido como Fritz Art, segue essa linha dura e mostra São Chico em ruínas, além de fazer referência ao picho, manifestação intimamente ligada ao rap.

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“Móin-Móin” de corpo e alma

(Foto: Divulgação / Divulgação)

Única publicação brasileira dedicada exclusivamente ao teatro de formas animadas, a revista “Móin-Móin” chega ao número 17, cujo lançamento acontece hoje, na Funarte, em Brasília, parceira na impressão e distribuição. Com 171 páginas, a edição reúne nove artigos – publicados no idioma de cada autor – que se debruçam sobre o tema “corpos no teatro”. Todo o material pode ser conferido, na íntegra, no site udesc.br/ceart/ppgt/publicacoes/moinmoin, que também oferece todas as edições desde 2005, quando a revista foi criada. A “Móin-Móin” é produzida em Jaraguá do Sul, fruto de uma parceria da Scar e do programa de pós-graduação em teatro da Udesc, e tem periodicidade anual (às vezes, bianual).

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Medalhas para os curtas

Queiram anotar, por favor, os vencedores do 1º Joinville International Short Film Festival, até para, quem sabe, caçá-los nas internets da vida. O evento, que exibiu cerca de 80 curtas de 30 países, encerrou-se no sábado premiando os destaques: “Skin Ship”, de Nichola Wong (Internacional); “Amuse”, de Jonne Covers e Ivo van Aar (Arthouse); “O Violeiro Fantasma”, de Wesley Rodrigues (animação); Jean-Willen de Kraaij, de “A Comédia” (melhor diretor); Lewis Rose, de “O Açougueiro” (melhor roteiro); Gabriela Fabriani, de “Valentina” (melhor atriz); Gene Bervoets, de “Um Dia na Vida de um Inspetor de Hotéis” (melhor ator); “Aquela Rua tão Triumpho”, de Gabriel Carneiro, e “Um Dia dos Pais”, de Mat Johns (menções honrosas).

Vale contar de novo

O Grupo A.Z. Arte, um dos grupos joinvilenses mais premiados em festivais de dança em SC nos últimos tempos, tem planos de enveredar por musicais. Tanto é que anunciou para 18 de novembro, na Sociedade Harmonia-Lyra, a estreia de sua versão para a história “A Bela e a Fera”. “Não é uma réplica da Disney, mas, sim, uma releitura do conto francês na interpretação de nossos artistas”, avisa o grupo, que até 18 de outubro venderá ingressos (a R$ 40, inteira) em sua sede, na rua Paraná, 390.

Frase

Charles Bradley
Charles Bradley (Foto: Darren Bastecky / Divulgação)

Um artista verdadeiramente bom aprende a ser uma pessoa melhor por meio das mudanças pelas quais passa. (…) Com todas as dores que sofrem, eles encontraram um caminho amoroso e uma maneira de colocar a mente em algo maior. Isso é o que faz um bom artista, um bom cantor, porque você pode ouvir a dor em sua voz e pode ouvir o amor em sua voz.

Charles Bradley,

em entrevista no ano passado ao site Popmatters. Descoberto tardiamente, em 2011, o americano passou os últimos seis anos sendo aclamado como uma das grandes vozes da soul music, a qual colocou em três maravilhosos discos. Uma pena não ter aproveitado mais a glória — Bradley morreu no sábado, aos 68 anos, vencido pelo câncer.