A ideia de que há em tudo uma história a ser contada e que existe gente ansiosa para ouvi-la moverá a Feira do Livro de Joinville de 2018. O tema “Era uma vez… muitas histórias” será como um imã a atrair moda, gastronomia, games e, obviamente, uma vasta gama de segmentos literários. Ainda que a feira deste ano ainda esteja bem fresca na memória, a 15ª edição – marcada para 8 a 17 de junho, no Expocentro Edmundo Dobrawa – foi lançada ontem pela manhã, anunciando não só seu eixo central, mas várias atrações e convidados ilustres.

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Já que é de histórias que viverá a feira, um grande contador delas será homenageado no ano que vem: o novelista Walcyr Carrasco, que participou da última edição – coisa rara em sua agenda apertadíssima – e pediu para voltar a Joinville. Já o país homenageado será a Alemanha, berço de autores idolatrados como os irmãos Grimm.

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Além de Carrasco, os leitores joinvilenses reencontrarão outros autores que já estiveram no evento, alguns deles recentemente, caso de Lázaro Ramos, Conceição Evaristo – que dará um minicurso no Seminário Catarinense de Educadores e Mediadores de Leitura -, e Miriam Leitão. A jornalista virá com os dois filhos, também escritores, para compor uma mesa redonda em torno de leitura e criação literária em família, da qual também participarão os casais Marina Colasanti e Affonso Romano de Sant’anna e Mary França (escritora e alfabetizadora) e Eliardo França (artista plástico e ilustrador).

Outros nomes garantidos são os de Leo Cunha, Pedro Bandeira (presentes na feira em 2011), Beatriz Mirrha, Marisa Lajolo, Celso Sisto e Nara Vidal, autora de livros infantojuvenis que vive na Inglaterra. Aliás, de fora também deve vir a premiadíssima Léonora Miano, escritora camaronesa que mora na França – sua presença deve ser confirmada nos próximos dias.

Em termos de concursos, serão reeditados o de contadores de histórias e o Leitores de Joinville, dedicado aos estudantes da cidade. Uma novidade, porém, é a reativação do Prêmio Joinville de Expressão Literária, cuja última edição (a sétima) foi em 2010. Nesta volta, ele receberá trabalhos de todo o Estado e dará R$ 10 mil ao primeiro lugar.

– Em outros lugares, a 15ª edição significaria 30 anos. Aqui, são 15 edições em 15 anos. Um evento desta proporção é raríssimo no Brasil – disse a curadora Maria Antonieta Cunha durante o lançamento na Livraria A Página, ladeada por Sueli Brandão, presidente do Instituto de Cultura e Educação, que promove a feira.

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– Só vamos conseguir comportamentos mais éticos e responsáveis por meio da difusão da leitura. Ela abre caminho para a reflexão, a cidadania, a civilidade, a alimentação da alma – reforçou Maria Antonieta a respeito da importância da feira.