Pelo telefone, Sueli Brandão ainda transmite entusiasmo, mas já exibe sinais de fadiga, algo normal para quem passou os últimos 11 dias percorrendo várias vezes o Expocentro Edmundo Doubrawa e arredores, checando cada detalhe da Feira do Livro de Joinville. No domingo, ao conversar com o colunista, a diretora do evento ainda tinha algumas horas pela frente até dar a 14ª edição por encerrada, mas já previa fechar os trabalhos com o sentimento de dever cumprido. Não só porque a programação transcorreu dentro do esperado, mas também porque ¿a cidade atendeu ao nosso convite¿, nas palavras dela.

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Tanto quanto celebrar os números de público – foram cerca de cem mil pessoas circulando pelos pavilhões – , Sueli destaca a grande presença de estudantes, resultado, muito provavelmente, de um tempo maior de preparação em sala de aula e o incentivo a participação de concursos literários. O envolvimento dos professores, antes um tanto tímida, também merece uma nota de louvor.

Para completar, Sueli coloca muito do sucesso na conta dos nomes fortes trazidos pela feira, como Lázaro Ramos, Miriam Leitão, Walcyr Carrasco, Cris Guerra, Paula Pimenta, Zack Magiezi e Conceição Evaristo. Repetir uma edição desse calibre, e até mesmo superá-la, é um dos desafios futuros da organização. O outro é garantir que a Feira do Livro retorne no ano que vem.

– Só farei se tivermos apoio. Precisamos que as lideranças abracem a feira, para que ela se fortaleça e tenha continuidade – avisa Sueli, antecipando uma parada para descanso e, na sequência, a habitual consulta com expositores e visitantes para saber o que deu certo e errado em 2017.

Transtornos no sábado

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No sábado, um problema acabou fazendo os portões da Feira do Livro fecharem às 19 horas, duas horas antes do previsto. Segundo nota divulgada pela coordenação, pessoas que estavam no evento cervejeiro Craft Beer (realizado no estacionamento do Centreventos) usaram excessivamente os banheiros da feira, causando alguns transtornos e problemas para a equipe de limpeza.

Por causa disso, foi decidido fechar o pavilhão no começo da noite, mantendo a programação com quem já estava dentro dele.

Kleiton Hames, organizador do Craft Beer, disse que o público foi muito maior do que o esperado (até ontem não havia o número aproximado) e que houve um erro de dimensionamento na quantidade de banheiros químicos.