Ruas que forjam campeões

O ciclista Márcio May, 40 anos, subiu ao primeiro lugar do pódio cerca de 200 vezes, entre campeonatos regionais, estaduais, nacionais e internacionais. Levou a bandeira nacional a três olimpíadas: Barcelona (1992), Atlanta (1996) e Atenas (2004). Mas foi em terras catarinenses que deu as primeiras pedaladas profissionais, aos 15 anos, na cidade natal de Salete. Hoje, é um dos radicados em Rio do Sul, e verbaliza o carinho que tem pelo município onde nasceu a primeira oportunidade de participar de uma Olimpíada.

– Já viajei muito e conheço várias regiões do Brasil. Posso afirmar que Santa Catarina é um dos melhores estados para viver. As pessoas são educadas e tudo é organizado. O Alto Vale chama a atenção pela sua beleza natural e povo acolhedor – afirma May.

Deixando o ciclismo profissional em 2007, sua principal atuação hoje é como gerente de desenvolvimento de mercado da empresa Royal Ciclo, que o patrocinava na época em que pedalava na cidade, já em 1992. Além de trabalhar com bicicletas, ele pedala por lazer e organiza o Desafio Márcio May de Ciclismo de Estrada e Mountain Bike, em Rio do Sul.

Comparando sua cidade adotiva com a metrópole de São Paulo, que conhece bem, a primeira palavara é qualidade de vida.

– Aqui, a vida é mais saudável. A recepção que tive nas cidades catarinenses pelas quais passei também foi muito positiva. Acredito que o fato de eu ser ciclista tenha facilitado.

Relembrando a época em que treinava em Rio do Sul para a classificação da primeira olimpíada, May afirma que as características da cidade são favoráveis para a prática:

– As regiões montanhosas e estradas planas boas facilitaram a realização de treinos mais intensos e difíceis. Rio do Sul é ideal para o ciclismo e esporte. É uma das melhores regiões para o treino e prática do ciclismo.