Ruanda pediu nesta terça-feira um “diálogo político” na República Democrática do Congo (RDC), após a conquista de Goma, principal cidade do leste do país, pelo movimento rebelde M23, que os ruandeses são acusados pela ONU de apoiar.
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– O que ocorreu hoje em Goma mostra claramente que a opção militar para solucionar esta crise fracassou e que o diálogo político é a única forma de resolver o conflito – afirmou a ministra ruandesa das Relações Exteriores, Louise Mushikiwabo, citada em um comunicado de seu governo.
O M23 havia exigido na segunda-feira “a abertura de negociações políticas diretas (…) estendidas à oposição política, à sociedade civil e à diáspora congolesa”, o que o presidente congolês, Joseph Kabila, rejeitou imediatamente.
A ONU acusou Ruanda e Uganda de apoiarem militarmente os rebeldes do M23 em sua luta contra o governo de Joseph Kabila e em seu avanço em direção a Goma, o que ambos os países negam categoricamente.
– Ao simplesmente apontar o dedo para supostos autores e ignorar as causas profundas do conflito na RDC, a comunidade internacional perdeu a oportunidade de ajudar a RDC a restaurar a paz e a segurança para os seus cidadãos – disse Louise Mushikiwabo.
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