Conhecida como uma guardiã da história de Joinville, Jutta Hagemnn vai dar nome a uma rua do bairro Vila Nova, na zona Oeste da cidade. O projeto de lei para nomear a via foi aprovado na Câmara de Vereadores e agora vai para sanção do prefeito Adriano Silva (Novo).
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A proposta foi apresentada no Legislativo pelo vereador Cassiano Ucker (Cidadania), sob a justificativa de que, após a implantação do binário do Vila Nova, duas ruas ficaram com o nome de Leopoldo Beninca. Com a aprovação do projeto, um trecho da atual via deve ser renomeado como Jutta Hagemann.
A joinvilense nasceu em 19 de junho de 1926, quando Joinville tinha 75 anos de fundação, e faleceu em 2018, aos 92 anos. Ela dedicou boa parte de sua vida à preservação da história da cidade, às pesquisas, ao registro da história oral e à coleção de livros e objetos.
> Guardiã da história, Jutta Hagemann viveu Joinville intensamente
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Jutta ficou conhecida pelos moradores de Joinville pela memória em relação à história da cidade. Era sempre procurada por estudantes, jornalistas e interessados para falar sobre fatos e prédios históricos.
Também era contribuidora assídua da antiga sessão AN Memória, do A Notícia. Jutta era leitora do jornal desde a década de 1940 e foi homenageada durante a campanha de 90 anos do AN, em 2013.
Conheça um pouco da história de Jutta Hagemann
Jutta Hagemann nasceu em Joinville, em 19 de junho de 1926, filha de Gerda (nascida Brand) e Conrado Hagemann, neta de Engelbert Hagemann, açougueiro, que imigrou para Joinville em 1862, aos cinco anos, trazido pelos pais; e de Rudolf Brand, marceneiro de formação, dono da Esquadrias de Madeira Brand, que chegou à colônia aos 15 anos, em 1881.
Jutta trabalhou na Tupy, na Ambalit e depois na Buschle & Lepper, onde se aposentou oficialmente em 1988. Em 1991, voltou para organizar a biblioteca da Buschle & Lepper e ficou mais cinco anos. Trabalho esse que aguçou ainda mais seu gosto pela história da cidade.
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Serviu de fonte para documentários históricos, como “Estrangeiros no próprio país”, que abordou a vida dos descendentes dos imigrantes Europeus no Estado Novo, e “Centenário de Joinville”, além de vários artigos acadêmicos.
Faleceu em 13 de dezembro de 2018, deixando seis netos, pois já havia perdido as duas filhas, Maria Thereza Böbel e Maria Christina Hagemann da Cunha.
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