Subiu para 57 o número de mortos em decorrência das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última segunda-feira (29). Além dos mortos, há 68 desaparecidos e 74 pessoas feridas. As informações são do g1 e o balanço foi divulgado pela Defesa Civil na manhã deste sábado (4).

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O órgão de monitoramento ainda soma 32.248 pessoas fora de casa, entre desabrigados e desalojados. Ao todo, 235 dos 496 municípios do Estado registraram alguma ocorrência e 351.639 mil pessoas foram afetadas. A maioria delas está sem luz.

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Além disso, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os temporais têm causado problemas em rodovias do RS. No total, 188 trechos de pistas registram algum tipo de bloqueio. Cinco pontos de vias federais e 28 de estaduais estão parcialmente fechadas. As demais, estão completamente interditadas.

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Na quinta-feira (3), o nível do rio Guaíba subiu e a água invadiu a rodoviária de Porto Alegre, causou inundação em diversas ruas da Capital gaúcha e invadiu os centros de treinamento do Grêmio e Internacional.  O governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública na quarta-feira (1°).

A previsão mostra que as fortes chuvas devem permanecer ainda neste sábado, com acumulados que podem chegar até 400 milímetros e que pode se somar aos 300 mm de chuva registrados nos últimos cinco dias.

Além da chuva intensa, que deixa o solo encharcado e traz riscos de deslizamentos, o g1 cita que o RS ainda pode passar por uma microexplosão atmosférica, que ocorre em cenários de tempestades. A forte corrente de ar que se forma pode ocasionar ventos que passam dos 100 km/h.

Locais das mortes

  • Canela (2)
  • Candelária (1)
  • Caxias do Sul (4)
  • Bento Gonçalves (4)
  • Boa Vista do Sul (2)
  • Paverama (2)
  • Pantano Grande (1)
  • Pinhal Grande (1)
  • Putinga (1)
  • Gramado (6)
  • Itaara (1)
  • Encantado (1)
  • Salvador do Sul (2)
  • Serafina Corrêa (2)
  • Segredo (1)
  • Santa Maria (5)
  • Santa Cruz do Sul (4)
  • São João do Polêsine (1)
  • Silveira Martins (1)
  • Vera Cruz (1)
  • Taquara (2)
  • São Vendelino (2)
  • Três Coroas (3)

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Causa das fortes chuvas

Meteorologistas ouvidos pelo g1 explicam que as ocorrências catastróficas registradas nos últimos dias são resultado de pelo menos três fenômenos que afetam a região:

  • Um cavado, que é uma corrente intensa de vento, agiu sobre a região, o que fez com que o tempo ficasse instável;
  • Isso se somou a um corredor de umidade vindo da Amazônia, que aumentou a força da chuva;
  • O cenário foi agravado ainda mais por um bloqueio atmosférico, reflexo da onda de calor, que fez com que o centro do país ficasse seco e quente, deixando a chuva concentrada nos extremos.

Conforme explica o g1, essa condição climática começou no dia 26 de abril, quando o quando o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de tempestades para o Estado gaúcho. A previsão é de mais chuva e a tendência é que a situação piore.

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O meteorologista explicou, ainda, que as mudanças climáticas impactam nessas ocorrências porque o calor da Terra e dos oceanos afetam a atmosfera e fazem com que os eventos tenham mais força. E o Sul do país tem condições que favorecem as tempestades nesta época do ano.

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