O vôlei gaúcho deve ganhar fôlego na próxima Superliga Masculina. Dois times podem ser formados até o início do segundo semestre deste ano no Estado. Porto Alegre, Novo Hamburgo, Campo Bom, Canoas, Gramado, Bento Gonçalves e Caxias são as cidades mais cotadas para sediar as novas equipes. A informação veio do presidente da Federação Gaúcha de Voleibol, Cláudio Coelho Braga.
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– Depende dos dirigentes e dos clubes, mas Novo Hamburgo, e a UCS, de Caxias, estão se mexendo para isso – diz.
Jorginho Schmidt, três vezes campeão da Superliga (uma pela Ginástica e duas pela Ulbra, e que em 2011 comandou a Sogipa), confirmou que há tratativas para criar um time de vôlei em Novo Hamburgo, Campo Bom ou Gramado. Canoas e Bento Gonçalves também estariam na briga.
– Queremos formar um time, sim. Não sei se em Novo Hamburgo. Talvez em Campo bom ou até mesmo em Canoas. O voleibol está muito parado no Rio Grande do Sul. Parece que o esporte não convence o empresariado a encará-lo como produto. Não há justificativa para um investimento tão acanhado – protesta Jorginho.
O diretor de desporto de Novo Hamburgo, Geraldo dos Santos, também reiterou que a criação de um time, na cidade do Vale do Sinos, está em andamento.
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– Temos vontade, sim. Falta acertar a questão mais importante desse processo, que é o patrocínio – disse.
Ubirajara Maciel, coordenador do Programa UCS Olimpíadas, confirma o interesse da Universidade de Caxias do Sul em formar novamente uma equipe profissional. E o presidente do departamento de vôlei da universidade, Mário Roberto Kreling, diz que a UCS está pleiteando apoiadores para colocar o projeto em prática.
– Está difícil, mas estamos batalhando. Temos a estrutura física e tudo mais. Falta o investimento, que é o principal. No Rio Grande do Sul, formarmos diversos jogadores na base que depois vão para outros estados por falta de investimento. Não temos nem Campeonato Gaúcho Masculino Adulto. O vôlei, no Estado, está morto – dispara Kreling.
O ex-jogador da seleção brasileira e campeão olímpico Paulo André Jukoski da Silva, o Paulão, revelou que tem um projeto pronto para a criação de um time adulto profissional para a Superliga e que a preferência dele é por Porto Alegre.
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– Estou apto a atuar como técnico e quero comandar uma equipe, de preferência no Rio Grande do Sul. Temos potencial para isso. Gostaria que fosse em Porto Alegre – contou Paulão.
Hoje, conforme o presidente da Federação, o investimento para montar uma equipe para disputar a Superliga fica na faixa de R$ 1 milhão. Em uma equipe média, são investidos entre R$ 2 milhões e 3 milhões, enquanto que em um time de ponta o investimento pode chegar a R$ 10 milhões.