Milhares de peças de roupas doadas às vítimas da enchente de novembro do ano passado foram jogadas no lixo em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina. O material estava armazenado desde novembro em galpões sem quaisquer condições de conservação. A prefeitura abrirá uma sindicância para investigar o caso.

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Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, o prefeito de Itajaí, Jandir Bellini (PP) justificou o descarte do material por tratar-se de roupas e calçados “podres”. De acordo com o prefeito, dois laudos da Fundação do Meio Ambiente (Famai) comprovam o péssimo estado de conservação do material, além de recomendarem o descarte em um aterro sanitário.

Descarte

As doações recebidas pela prefeitura de Itajaí estavam armazenadas em um galpão no bairro Barra do Rio e outro no Parque do Agricultor, onde foram colocadas no chão, sujeitas à umidade e à ação de animais, como cobras e ratos.

De acordo com a prefeitura, todo o material do parque, local que sedia a Festa do Colono, será descartado no aterro sanitário. Já o material do galpão da Barra do Rio está passando por uma triagem.

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O trabalho é executado por uma empresa particular contratada pela prefeitura. As equipes separam e dobram as doações. As peças são colocadas em 10 contêineres, quatro deles apenas para o depósito de peças inutilizadas.

Aterro

Na última semana, parte do material considerado impróprio para o uso foi encontrado em uma área destinada ao descarte de entulhos da construção civil.

O problema foi verificado por vereadores, que apresentaram fotos da área. A prefeitura alega que houve um erro na destinação do material dos contêineres da Barra do Rio e que o problema será corrigido. O material será encaminhado ao aterro sanitário.

Doações

As peças em bom estado de conservação serão encaminhadas para os municípios que necessitarem do material. Desde o início dos trabalhos, remessas de roupas e calçados foram doados para 53 municípios da região Nordeste, além do Mato Grosso.

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