Uma série de roubos de veículos cometidos no último fim de semana deixou os motoristas de Joinville em estado de alerta. Conforme levantamento feito pela Polícia Militar, entre sexta-feira à noite e domingo foram registrados na cidade oito roubos – seis na área de cobertura do 8º Batalhão da PM, nos bairros das zonas Norte, Oeste e central; e dois na área do 17º Batalhão, que cobre os bairros da zona Sul.
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Na comparação com janeiro do ano passado, houve um aumento de 11,42% neste tipo de crime, com 39 roubos de veículos na cidade. No mesmo período do ano passado, foram 35 casos, segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. O crescimento na área do 17º BPM foi o que mais surpreendeu. Em janeiro de 2016, houve 11 roubos de veículos na região; neste ano, o número subiu a 17, aumento de 54%.
De acordo com o tenente-coronel Hélio Puttkammer, comandante do 17º BPM, o roubo de veículos é um tipo de delito em que a melhor forma de combate se dá por meio da prevenção.
– Muitas vezes, é um crime praticado com agressividade e o bandido se utiliza do fator surpresa. Fazer a prevenção com policiamento em uma cidade grande como Joinville não é uma tarefa fácil – explica Puttkammer.
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O tenente-coronel ressalta que a PM conta com o apoio dos motoristas para diminuir esse tipo de ocorrência. Uma boa medida é não deixar os veículos em locais de pouca circulação, que ofereçam riscos à segurança.
– É fundamental ter mais atenção ao que acontece ao seu redor para evitar um ataque. O bandido fica à espera de uma oportunidade. Quando ela aparece, faz o ataque. Essa postura de atenção certamente inibirá o roubo – afirma Puttkammer.
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Foi por um motivo muito parecido ao descrito pelo tenente-coronel que um homem foi atacado na sexta-feira à noite, no bairro Guanabara. A vítima, que não quis se identificar por questões de segurança, foi abordada no momento em que se deslocava para pegar o carro, um Citroën C4, modelo 2011, estacionado perto de uma academia.
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– Foi tudo muito rápido. Quando eu vi, tinha dois caras armados na minha frente. Eles mandaram eu colocar as mãos no rosto, baixar a cabeça e sentar no banco de trás. Depois de alguns minutos, me deixaram em um lixão (no bairro Costa e Silva) e disseram que abandonariam o carro mais adiante porque “só queriam sair dessa”. Não entendi muito bem o recado, mas imaginei que poderia recuperar o carro depois – contou a vítima.
Não foi o que aconteceu. Além de ter o veículo roubado, o rapaz perdeu documentos pessoais, um relógio, óculos e aparelho celular. O prejuízo calculado é de cerca de R$ 40 mil.
– Nem tentei reagir. Procurei ficar o mais calmo possível e não olhar para eles. É uma situação que não desejo para ninguém.
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