Não, fazer a faculdade de Turismo não é só fazer as malas. Na verdade, dependendo do cargo que você for ocupar, sua rotina pode ter pouco a ver com viajar. O formado turismólogo poderá trabalhar em consultorias turísticas, planejamento e organização de eventos, elaboração de roteiros turísticos e gestão de empreendimentos da área.

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Há ainda a alternativa de emprego em secretarias especializadas no setor. Vale lembrar, então, que, além de cruzeiros e agências de turismo, o seu ambiente de trabalho principal pode ser o escritório, elaborando melhorias para se receber um turista, roteiros ou preparando algum evento.

Na Assesc, na Capital, o curso, com duração de três anos, envolve disciplinas de legislação, hotelaria internacional e gastronomia. O coordenador do curso, Carlos Cappelini, explica que a graduação confere noções sobre o desenvolvimento econômico, social, cultural e ambiental das localidades.

Diante do crescimento do potencial turístico de algumas regiões, Cappelini sinaliza que há muitas opções de emprego na área. Thais Krebs, formada há quatro anos, concorda. Há dois anos, a profissional trabalha com a realização de eventos na Convention Visitors Boreau, de Florianópolis e região. No dia a dia, Thais se dedica a pesquisas e a reuniões.

No reforço do potencial de negócios da cidade, as viagens se tornam só um detalhe do processo. A turismóloga conta que realiza uma média de nove viagens por ano, apenas para consolidar a promoção dos eventos que realiza.

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Do que é preciso gostar

Precisa gostar de lidar com as pessoas e também ter capacidade de trabalhar em equipe, caso o profissional esteja voltado para o setor de gestão. Lembre-se de que, dependendo do emprego, será preciso gostar de viajar, mas algumas atividades podem não exigir e nem permitir que você faça as malas. Mesmo que você não coloque o pé na estrada, será preciso desenvolver a vontade dos outros em seguirem viagem.

O que é mais difícil

Como reforça o coordenador do curso da Assesc, Carlos Cappelini, ainda falta valorização no mercado nessa área. A ocupação de pessoas que não têm formação específica na área de Turismo pode acarretar na má recepção de turistas, o que afeta, inclusive, no setor econômico das cidades.

Mercado de trabalho

Grandes eventos no país, como as Olimpíadas, podem ser um motivo para dar ainda mais visibilidade para esses profissionais. Além disso, algumas regiões estão em expansão, como Florianópolis. Só na área de eventos, como explica Thais, a cidade é apontada por um ranking internacional como a quarta cidade do país que mais recebe eventos internacionais, ficando atrás apenas de Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.

Salário

A profissão é reconhecida, mas ainda não é regulamentada. Por isso, não existe piso salarial para a profissão e a remuneração varia conforme a carência desses profissionais em cada região.

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