Eleito o sexto melhor técnico da América, à frente de Muricy Ramalho, Celso Roth sofre com a rejeição no seu próprio quintal. As críticas se avolumaram assim que veio a dramática eliminação no Mundial. Para a direção colorada, as contestações são naturais.
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– Não esperava nada diferente, é normal que a torcida quisesse a mudança do técnico. Houve uma frustração – ponderou o novo vice de futebol Roberto Siegmann ao clicEsportes. – Mas soluções mágicas não existem.
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Para Siegmann, apostar em um novo técnico com uma Libertadores tão próxima seria uma “aventura”. O dirigente cita como exemplo o Palmeiras.
– Eles investiram forte no Felipão, que até estava cotado para treinar o Inter antes de Roth chegar. E deu no que deu – criticou. – O que existe no futebol é trabalho e momento.
E assim entendeu a direção colorada. Abnegado nos treinos, Roth mostrou trabalho, mas acabou vitimado por um momento de infelicidade, o revés diante do Mazembe, acreditam. Além de ser um técnico com um ritmo de trabalho intenso, pesou muito o conhecimento de Roth sobre o mercado brasileiro.
– Ele sabe lidar com os jogadores. O que foi um fator complicador para Fossati, que encontrou problemas culturais aqui, mas é um excelente técnico – avalia Siegmann. – Roth tem o vestiário na mão. Seria uma aventura apostar em outro profissional com a estreia da Libertadores marcada para 16 de fevereiro.
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O vice de futebol aproveitou a boa colocação de Roth na eleição do jornal El País para criticar o pensamento vigente no Brasil.
– Essa pesquisa mostra que não valorizamos a Libertadores como ela merece. Os uruguaios, que foram os grandes vencedores no início do torneio, o prezam muito mais. E não poderia ser diferente a eleição, portanto. Foi justo.
O mais votado entre os treinadores foi Oscar Tabárez, da seleção uruguaia, com 55 votos. Celso Roth, do Inter, e Muricy Ramalho, do Fluminense, foram os treinadores brasileiros melhor classificados na eleição. Roth recebeu 20 votos e ficou em sexto lugar, seguido por Muricy, que ficou em sétimo com 19 votos.