Uma cidade exige um olhar atento, exige que pensemos nela como um quintal, um espaço particular onde deixamos os sonhos livres para se transformar em realizações. Olhar para a cidade e ver o quintal de casa quando crianças: o espaço da invenção. O meu quintal era no Bairro São Domingos e eram vastas as matas, a beira de rio e o pasto. Posso dizer que cresci em Navegantes, mas seria mais sincero dizer que cresci às margens do Rio Itajaí-Açu, lugar onde vivi minha primeira infância. Sempre me fascinaram o trânsito dos barcos e das bateiras vistos da beira do rio. As margens da cidade e dos estaleiros oferecem possibilidade de conhecer a carpintaria da ribeira onde se constroem os barcos de pesca. Aos 14 anos tive meu primeiro emprego em um estaleiro. Desde então cultivo o hábito de visitar estaleiros, ver carpinteiros e calafates trabalhando nos barcos, coletar madeira. Penso ser nosso maior patrimônio a carpintaria naval.
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Viver em Navegantes exige ouvidos atentos às inúmeras histórias, que vou guardando para que o tempo me ajude a transformá- las em literatura. Viver em Navegantes provoca a irresistível vontade de cair na água, de caminhar a esmo pela praia, de escrever. O jeito é saciar as vontades. Viver em uma cidade compreende não medir esforços o para deixá-la atraente. Manter a cidade com a mesma potência criativa sentida na infância.
Roberto Carlos de Souza
prefeito
– É uma cidade maravilhosa de se viver, com qualidade de vida.
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SAIBA MAIS
População: 63.764 habitantes
Localização: Vale, a 1,3 km de Itajaí
Área: 111,46 quilômetros quadrados
Características: O município tem cerca de 10
quilômetros de extensão de praia
Atrativos: as praias Central e do Gravatá são as mais procuradas por veranistas
Particularidades: junto com Florianópolis, é uma das únicas cidades do Estado a ter um aeroporto internacional
Curiosidades: um sino rachado na Igreja Nossa Senhora dos Navegantes fazia um som estranho e que acabou dando o apelido carinhoso para o povo de Navegantes: dengo-dengo