Rosane Marchetti, 55 anos, está completando três décadas como repórter da RBS TV e Globo. Um dos muitos reconhecimentos será a medalha de cidadã de Porto Alegre que a jornalista, de Nova Prata, receberá em breve.
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Nesta sexta-feira,15, ela esteve em Viçosa, Minas Gerais, preparando o seu próximo Globo Repórter. O programa será sobre “coisas que fazem bem à saúde”, como Rosane mesmo conta, pois não pode adiantar mais do que isso. Abaixo, ela fala sobre sua missão social e a vida suada, mas pra lá de recompensadora, como repórter.
Aqui Entre Nós – Nesta quarta-feira, 13 de maio, tu comemoraste 30 anos de RBS TV. Como foi a data?
Rosane Marchetti – Coloquei nas redes sociais, e foram milhares de curtidas, muito legal. É um orgulho estar há tanto tempo contando histórias e fazendo a minha também, porque, mais da metade da minha vida, estou na RBS TV. Fui repórter, editora-chefe, editora-executiva e apresentei praticamente todos os programas da
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RBS TV e TVCOM na área do jornalismo, mas o que mais fui foi repórter.
Aqui – Deixar de apresentar o Jornal do Almoço, em 2010, para ser repórter foi importante para dar uma revigorada?
Rosane – Foi, porque pude me dedicar mais à reportagem. E as pessoas que me acompanhavam como apresentadora continuaram me acompanhando. No Face, tenho cerca de 65 mil seguidores. É a confiança que as pessoas depositam em mim. Todos os dias, recebo muitas mensagens e e-mails e respondo absolutamente a todas. Às vezes, demoro um pouco, mas respondo. Até o cinegrafista Marcelo Theil brinca que eu tinha que ter uma secretária (risos).
Aqui – As pessoas assistem a cada Globo Repórter teu e pensam que é o trabalho dos sonhos, uma barbada ficar conhecendo lugares maravilhosos…
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Rosane – Não é, não (risos)! Agora, estamos há uns 12 dias viajando e não temos hora para almoçar – se almoçamos! Precisamos manter a boa convivência e ter uma dose de tolerância, porque é um trabalho em equipe. Acaba sendo um desgaste enorme o momento da captação de conteúdo, porque é uma grande reportagem, não pode ser rasa, e não podemos deixar escapar os detalhes.
Aqui – E ainda tem a família que fica à espera da repórter voltar para casa.
Rosane – Sim! A gente, entre aspas, abandona eles. A minha filha, Camila (formada em Direito), tem 34 anos, se vira, mas eu e o meu marido (o funcionário público Luiz Roberto Martins Filho, 56) somos muito companheiros. Eu sei que ele fica triste quando eu vou viajar, mas sabe que o meu trabalho me deixa feliz. E ainda tem os meus quatro gatos (risos), todos de rua.
Aqui – Um Globo Repórter inesquecível…
Rosane – Acho que todos. Sou eu quem propõe os assuntos.
Aqui – Tu sempre tentas colocar algo sobre o Rio Grande no Sul?
Rosane – Sim, o nosso jeito de viver, de ser, nossos personagens. O dos cânions (o primeiro Globo Repórter de 2015) foi um sucesso. E, comigo, o chimarrão vai para todos os lados.
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Aqui – Nas tuas redes sociais, há uma grande rede de engajamento.
Rosane – Sim, como figura pública, tento mobilizar as pessoas, seja pelas causas sociais, seja pelos animais. O mundo caminha para a generosidade. Faço muitas palestras, nunca cobro por elas e, sempre que posso, procuro estar presente para falar sobre superação e câncer, porque sei que posso levar um pouco de esperança. Me sinto muito grata. A responsabilidade que tenho como jornalista é ajudar a melhorar a vida das pessoas. E a dos animais.
Aqui – Estás curada do câncer (de mama, que teve em 2011)?
Rosane – Sim, os médicos falam em cura, mas eu vou tomar por uns dez anos um anti-hormônio. Foram oito meses entre quimio e radioterapia. Depois que eu fiquei doente, incorporei mais ainda essa missão de ajudar. Tento fazer o máximo que posso como forma de gratidão a tudo e ao tempo que tenho passado na RBS TV. Todo o carinho que recebo devolvo em forma de esperança.