Depois de ajudar o Brasil a conquistar uma vaga nas Olímpiadas de Paris 2024, a jogadora de vôlei Rosamaria Montibeller se prepara para uma nova temporada, desta vez no Japão. A atleta catarinense concedeu entrevista ao NSC Total falando sobre seleção, jogos olímpicos, estilo de jogo e a nova fase da sua vida, além de relembrar o seu começo de carreira no Nova Trento, em Santa Catarina.
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Com 29 anos e 1,85m, Rosa atua como oposta ou ponteira nas quadras de vôlei. Depois de quatro anos jogando em times italianos, a atleta se prepara para atuar pelo Denso Airybees, clube de voleibol japonês. Para Rosa, essa é uma mudança bem interessante para a sua carreira.
– Eu cheguei aqui há duas semanas, vim para o Japão participar do Pré-Olímpico com a seleção. A adaptação foi muito tranquila, as meninas, e todo mundo aqui do meu time, são super receptivos. É claro que existe um pouco a barreira da língua, mas mesmo assim ninguém nunca mediu esforços para me ajudar a me sentir em casa – conta.
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Um novo estilo de jogo
A estreia de Rosamaria pelo Denso será no dia 28 de outubro. Ela conta que a equipe é bastante nova, mas muito habilidosa, o que promete ser uma experiência totalmente diferente do que ela tem vivido. O vôlei no Japão tem características diferentes da Itália. No país oriental, velocidade e defesa são os pontos fortes, um dos motivos para ela ter escolhido jogar lá.
– Foi um dos motivos para eu escolher mudar aqui para jogar a liga japonesa. Joguei esses últimos quatro anos na Itália, considerada uma das ligas mais fortes do mundo. Tomei essa decisão de jogar aqui no Japão visando uma participação em uma próxima olimpíada e esse crescimento da parte técnica, que eu considero que para o meu estilo de jogo vai ser muito importante – explica.
Rosamaria acredita que esse estilo de jogo que vai treinar com as japonesas, mais veloz e defensivo, pode ajudar muito, no caso de uma convocação para Paris 2024. Ela conta que o técnico da seleção, José Roberto Guimarães, já conversou algumas vezes com ela sobre isso e indicou que mais velocidade poderia facilitar tudo.
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A renovação da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei
A seleção feminina de vôlei do Brasil vem passando por uma grande renovação. Rosa analisa que existe um potencial muito grande nessas novas meninas e que busca transmitir para elas, como uma das veteranas do time, a dimensão do que é vestir a camisa da seleção brasileira.
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A jogadora também comentou sobre um dos momentos mais difíceis que a equipe passou durante o Pré-Olímpico. A morte da jogadora Walewska Oliveira, no dia 21 de setembro, que caiu do 17º andar de um condomínio na região central da capital paulista. A notícia chegou antes do Brasil enfrentar a Turquia, um dos jogos mais difíceis da competição. Em meio ao luto, a seleção perdeu por 3 a 0.
– A gente entrou na quadra chorando e saiu da quadra chorando, com uma tristeza muito maior que não era pela derrota – relembra.
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Rosamaria e Santa Catarina
Os números de Rosamaria explicam a dimensão da atleta vice-campeã olímpica. Dez anos jogando pela seleção, quatro anos em equipes italianas, onde se tornou a jogadora mais seguida nas redes sociais com 1,2 milhão de seguidores, sempre com ótimo desempenho.
Para a menina que começou aos nove anos no projeto de vôlei do clube catarinense Nova Trento, o carinho pela cidade e por Santa Catarina é algo que ela leva consigo para o mundo.
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– Fez muita diferença na minha carreira ter participado de edições de jogos escolares, jogos abertos de Santa Catarina, campeonato interclubes… rodei o estado inteiro jogando, faltaram poucas cidades que eu não conheci e lembro com muito carinho – declara.
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