Os quarentões, cinquentões e até mesmo sessentões do rock seguem até hoje dominando multidões mundo afora. Basta dar uma olhada nos nomes para perceber que talento não tem idade: Ozzy Osbourne, Paul McCartney, Bruce Springsteen… Que atire a primeira palheta o roqueiro que nunca se imaginou ocupando o lugar de um deles.
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Em Blumenau não é diferente. Por aqui temos nomes como Jimi Jamieson, Emerson Mainhardt e Carlos Zimmermann para agitar a cidade com a boa e velha atitude rock n’roll. E, apesar de serem completamente apaixonados pelo rock clássico, eles não pararam no tempo: defendem que os músicos precisam se desapegar do passado e descobrir coisas novas.
Casamento musical
Jimi Jamieson, de 62 anos, é um escocês que nasceu em Glasgow e escolheu Blumenau como casa há 13 anos. Professor de inglês e cantor nas horas vagas, ele se apresenta na noite blumenauense com um repertório que vai de Led Zeppelin a Kings of Leon. Para ele, nem só de passado vive o rock. O cantor afirma que é muito importante que os músicos renovem a bagagem musical constantemente.
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>> No blog +Lazer: uma playlist sugerida pelos roqueiros de Blumenau <<<
Jimi tem histórias capazes de deixar qualquer roqueiro morrendo de inveja. Uma delas, sobre a icônica banda inglesa Pink Floyd, é uma lembrança que ele espera compartilhar futuramente com a filha, Lara, de apenas sete anos:
– Uma vez, nos anos 70, eu vi um show do Pink Floyd numa universidade em Glasgow (Escócia). O público era de mais ou menos 600 pessoas – ele conta sorrindo.
A vocação falou mais alto
Na casa do quarentão Emerson Mainhardt, de Taió, a música sempre foi uma constante. Ele lembra que, aos cinco anos de idade, a família se reuniu para fazer uma improvisação musical.
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– É uma das minhas primeiras lembranças no mundo da música. No rock, o meu primeiro contato foi uma fita do Queen, que eu ouvia no Fusca de uma tia minha – ele recorda.
Hoje, aos 40 anos de idade, ele vive de música: toca cinco instrumentos em cerca de seis bandas na noite blumenauense. Em casa, Emerson montou um estúdio onde ensaia com os amigos e grava artistas que acha interessantes. Como Jimi, diz que tem uma visão de música diferente e não consegue se apegar a apenas um gênero.
– Meu negócio é esse: ser músico, tocar, compor. É difícil ser artista, cara, mas fazer o que a gente gosta não tem preço – conclui.
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Roqueiro por acaso
Com as baquetas nas mãos, Carlos Zimmermann, 48 anos, se transforma em Brian _ apelido que ganhou dos amigos quando jovem, por ser parecido com o guitarrista Brian May, do Queen.
Biólogo da Furb e baterista da banda Celina Conceição nas horas vagas, o músico tinha 17 anos quando começou a ouvir ensaios de bandas da região. Não demorou para que fizesse amizade com os roqueiros e recebesse o primeiro convite para fazer parte da festa. Em pouco tempo, Brian se tornou o primeiro baterista da banda Vlad V, de Blumenau.
Mesmo com as mudanças que o rock tem sofrido ano após ano, o músico tem certeza de que quem ama o estilo musical nunca vai abandonar as raízes:
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– O rock nunca vai morrer. Quem escutar AC/DC ou Queen daqui a mil anos vai pensar: “Meu Deus, que música!” – afirma, sorrindo.