Lady Gaga está na cidade, mas loucura mesmo se viu nos 15 minutos de Ronaldo na Arena do Grêmio.
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Cerca de 3,7 mil operários, que aprontam o estádio para o dia 8 de dezembro, pararam de trabalhar e começaram a agir exatamente como o punhado de fãs vai se comportar quando a cantora entrar no palco hoje à noite. Gritavam. Corriam. Assobiavam. Ao mesmo tempo, sacavam do celular e filmavam, pediam fotos. Não eram só torcedores: eram fãs.
Era para ser uma visita rápida mas técnica, com engenheiros e diretores da Arena explicando para Ronaldo os detalhes do palco do Jogo Contra a Pobreza, novinho em folha. Nada disso: sempre que o jogador diminuía um pouco o ritmo, era cercado por operários. Entrou no gramado e teve 5 minutos de paz, quando pôde ver os telões, já ligados. Enquanto isso, em torno do campo os gerentes do canteiro de obras andavam de um lado para outro pedindo que os operários e jornalistas nao pisassem na grama recém-plantada.
Aí, deram uma bola para Ronaldo. E o povo começou a pedir:
– Joga a bola aqui! Joga a bola aqui!
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Imprudente, Ronaldo jogou. Exatamente como num estádio, homens pularam sobre a bola feito crianças e foi-se ao chão o leve cercadinho que protegia o campo, derrubado pelos operários embolotados.
Foi a senha para a segurança entender que a chapa esquentara. Seguranças e diretores da Arena levaram Ronaldo para o topo do primeiro piso, e levaram o craque para fora do estádio pelo caminho mais rápido possível. Em torno, a alegria dos operários era expressada em cantos de torcida, em berros de “Corinthians” e “lindo” (das vozes femininas) e na perseguição até uma área fora do canteiro de obras.
A primeira celebridade da Arena entrou num carro e foi para o hotel, descansar e gravar um episódio do Medida Certa. Talvez com um descontinho: lidar com o carinho de fãs certamente fez Ronaldo queimar boas calorias.