Enquanto moradores das regiões altas da cidade têm dificuldades para ver água saindo das torneiras, encontrar o líquido jorrando pelas ruas é fácil. Rompimentos de redes de abastecimento têm sido frequentes, tanto que uma adutora do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Samae) no início da rua Bahia se rompeu duas vezes no mesmo dia no início do mês. Perto dali, no começo da rua Engenheiro Paul Werner, outra adutora também estourou segunda-feira, a 100 metros de distância da primeira. O Samae diz que os problemas foram diferentes na rua Bahia a tubulação é antiga e está corroída, e na Paul Werner a camada asfáltica sobre a tubulação é fina e os caminhões que passam na rua forçaram a tubulação que estourou -, mas nos dois casos o que se percebeu foi transtorno e desperdício que a autarquia não tem como calcular.
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Ontem à tarde a adutora na rua Bahia apresentou um novo vazamento e o Samae também monitorava uma ruptura na rua São Paulo. O diretor técnico do Samae, Artur Uliano, explica que os rompimentos frequentes não ocorrem somente por conta da idade das redes _ parte delas com mais de 50 e até 70 anos.
– Os materiais evoluíram ao longo do tempo, mas influencia na durabilidade das adutoras a condição operacional a que são submetidas. O aumento da demanda, a falta de proteção interna ou externa contra a corrosão, as ocupações de edificações sobre a linha adutora sobrecarregando o solo, além da idade da tubulação, resultam em problemas na estrutura – ressalta Uliano.
Uliano também garante que a pressão da água só aumentou onde a demanda é maior, e mesmo assim não houve um reajuste significativo:
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– Foi apenas até onde a tubulação pudesse suportar o bombeamento. Na adutora da rua Bahia não houve aumento de pressão.
No final de 2012, ainda no governo do ex-prefeito de João Paulo Kleinübing, o Samae anunciou a troca de 18 quilômetros de tubulação, com verba garantida e risco de perda dos recursos caso a obra não fosse iniciada. A licitação foi feita, a empresa escolhida, mas as obras não começaram. Segundo Uliano, a perda do dinheiro foi evitada, porém a execução estaria comprometida porque a empresa contratada não trabalha no ritmo esperado.
– Dentro do processo licitatório há uma possibilidade de revisão da vencedora. Então ela se reestrutura ou vamos ter que trabalhar numa nova licitação ou chamar o segundo lugar – avalia.
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Outra possibilidade estudada pelo Samae é montar uma equipe própria para fazer as obras em trechos menores e com mais necessidade. De acordo com o diretor técnico, a previsão de conclusão da troca da tubulação era agosto deste ano, porém, com os problemas da empresa a autarquia pretende concluir as obras até o fim de 2014.
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