O senador Romero Jucá (PMDB-RR), um dos principais aliados do vice-presidente Michel Temer, projetou nesta terça-feira um prazo de até 10 dias para que a comissão especial a ser instalada no Senado possa votar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. As informações são da Rádio Gaúcha.
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A discussão sobre os integrantes da comissão terá início nesta terça-feira. Uma reunião entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes partidários vai tratar das indicações dos partidos para compor o grupo. Depois do encontro, o prazo é de 48 horas para a indicação de integrantes e instalação da comissão.
— A partir da instalação, em até 10 dias úteis, o processo terá que ser votado. Mas, necessariamente, não é preciso cumprir os 10 dias. Como é uma matéria que trata apenas sobre admissibilidade, é possível que tenha como votar num prazo menor. Votando, vai a plenário. Se tiver maioria simples, aprova-se, e haverá o afastamento da presidente no dia seguinte — explicou Jucá.
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O senador, que também é presidente do PMDB, defendeu rapidez na condução do processo no Senado.
— Nós temos que ter a rapidez necessária para não deixar o país paralisado do jeito que está. A economia paralisa ainda mais por conta dessa expectativa — avaliou.
O senador voltou a tecer críticas em relação ao governo da presidente e também à postura de aliados da petista, sobre a proposta de reeleições gerais e o discurso de que Temer irá comprometer programas sociais da gestão Dilma.
— Não é chantageando ou ameaçando o Brasil que o governo do PT vai se sustentar — criticou.
Para Jucá, o governo da petista está sendo encerrado de forma ¿melancólica¿.
— O governo Dilma é um governo em extinção. Está se acabando melancolicamente — definiu.