Planejada desde o ano passado para marcar os 50 anos da banda, a volta dos Rolling Stones às apresentações ao vivo foi finalmente anunciada para novembro. De acordo com o que informou o site da revista americana Billboard, Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ron Wood anunciaram quatro concertos, dois em Londres e dois em Nova York.

Continua depois da publicidade

No início deste ano, o vocalista, Mick Jagger, já havia declarado que os Stones não pretendiam realizar uma turnê para marcar as cinco décadas de carreira – o grupo não se reúne para apresentações desde o fim de sua última turnê, em 2007. Ao longo de 2012, contudo, Jagger deixou no ar a possibilidade de o grupo realizar algumas apresentações avulsas. Não há informações oficiais a respeito de se os quatro shows nos Estados Unidos e na Inglaterra podem significar uma volta em definitivo à estrada para um grande giro.

Também em novembro, os Stones serão objeto de mais um documentário, Crossfire Hurricane, que tem exibição prevista inicialmente na TV, no canal HBO, em 15 de novembro. O filme é dirigido por Brett Morgen, conhecido, entre outras obras, por O Show Não Pode Parar (2002), biografia do lendário produtor da Paramount Robert Evans. O filme, que promete imagens históricas descobertas apenas recentemente, apresenta a trajetória de meio século que os Stones percorreram, de adolescentes ingleses apaixonados pela música negra americana a ícones do rock. O título, Crossfire Hurricane, foi retirado de um dos versos Jumping Jack Flash. A produção incluirá imagens das primeiras viagens do grupo e o caos de suas primeiras turnês, bem como depoimentos de Jagger, Richards, Watts, Wood e dos ex integrantes Bill Wyman e Mick Taylor.

Os Stones foram o tema de outros filmes considerados parâmetro para o gênero “documentário de rock”: Gimme Shelter (1970), dirigido por Albert e David Maysles e Charlotte Zwerin, é o relato do trágico show realizado pela banda em Altamont, em 1969, no qual um fã terminou assassinado por um integrante dos Hell’s Angels, que faziam a segurança do evento – o episódio é apontado como simbólico do fim da era “paz e amor” do sonho hippie. O status da banda como ícone cultural também atraiu grandes diretores, como Jean-Luc Godard, que em 1968 realizou Simpathy For the Devil, documentando a efervescência contracultural do fim dos 1960, e Martin Scorcese, que fez um dos mais elogiados registros cinematográficos de uma banda ao vivo, com Shine a Light (2008), que registra uma apresentação da última turnê da banda.

Continua depois da publicidade