Precisamos esclarecer: temos recebido diversas informações das incursões feitas nas comunidades, principalmente pela Polícia Militar. É sabido que, principalmente, duas das nossas comunidades enfrentam situações adversas nas últimas semanas — consequências da violência implantada nelas. Quando digo implantada é porque acredito que todo ser humano nasce sem violência, sem o desejo de matar o outro, e que este império do tráfico de drogas é muito maior do que o que vemos, que não se restringe simplesmente aos donos de boca ou gerentes.

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O mesmo penso em relação ao fácil acesso a grandes arsenais de armas que geralmente são de uso exclusivo das forças armadas. Vocês acreditam mesmo que os moleques que vivem nestas áreas vulneráveis são os únicos responsáveis pelos grandes carregamentos de armas e drogas que entram nas favelas, becos, vielas, vilas e morros? Será que não tem alguém mais estruturado, com passaporte, que seja bilíngue, e tenha uma vida confortável financeiramente, contribuindo com essa avalanche de perdas juvenis?

Enfim, tenho recebido relatos de moradores e prints com postagens desesperadoras feitas nas redes sociais sobre a truculência praticada por pelotões com os moradores de bem destes lugares. Meus amados moradores e queridos policiais, nós somos todos seres humanos. Que tal se houvesse um grande encontro entre líderes comunitários e os principais batalhões da Grande Florianópolis? Sugiro que a pauta seja “polícia e comunidade, uma distância que precisa ser eliminada”.

Sabemos que pra nós que já passamos dos 30 anos, este sonho possa parecer utópico, mas precisamos acreditar que a partir destes 950 soldados que vão se formar em breve, dos milhares dentro das corporações — que são do bem — e com uma população juvenil positiva dentro das periferias, podemos, sim, ter um futuro melhor e sem mortes.

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