Meus queridos, quem dera trazer aqui no Rolê somente coisas boas, assuntos que mostram a nossa evolução, mas não, de novo temos que evidenciar a irracionalidade dos muitos que insistem em praticar a sua intolerância com a maldade e a violência. O caso que trazemos hoje aqui nos serve para reflexão e, claro, para repudiar a atitude que alguns jovens tiveram com outros jovens, simplesmente porque se sentiram ofendidos com a sexualidade dos rapazes. Na boa, enquanto não nos respeitarmos como seres humanos, estaremos aquém de sermos um coletivo racional. Enquanto houver pessoas semeando a discórdia, o separatismo e o falso conservadorismo, estaremos fadados a perecer na inconsequência. Leiam e, como eu, tirem suas conclusões e pasmem com o drama vivido pelo casal:
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“Estava eu e meu namorado no trapiche da Lagoa da Conceição, aproveitando o domingo para relaxar, curtir a vista e começar a semana tranquilos. Decidimos então ir ao mercado, quando ao passarmos pela lateral do estabelecimento encontramos um grupo de pessoas, onde começamos a conversar, o assunto era banal, só conversa jogada fora mesmo, numa questão de segundos levei um soco na cara gratuitamente, e em seguida mais um. Fiquei sem reação, porém, ao ver meu namorado já ao chão, desacordado com as pancadas que levou no rosto e na cabeça, o desespero começou e comecei a gritar e tentar me defender, nisso eles começaram a me agredir mais e correram. Foi quando me juntei ao meu companheiro e começamos a pedir ajuda pras pessoas, tendo grande dificuldade para tal fato acontecer, pegamos um Uber e fomos até em casa. Amigas nossas e companheiras de luta LGBT nos acalmaram e nos levaram para fazer boletim de ocorrência. Chegando na delegacia, após ouvir do escrivão que não iria fazer o boletim de ocorrência, conseguimos então iniciar o B.O. O escrivão trancou a porta e disse que só eu e meu companheiro poderíamos entrar na sala. Ao iniciar o relato da agressão tivemos que ouvir do escrivão ‘para sermos menos vitimistas’, sim, com essas palavras retrucamos e ele se exaltou, começou a bater na mesa e falar muito alto. Corri para abrir a porta e nossas amigas entraram. Após os ânimos exaltados e a falta de respeito com a gente, nos direcionamos ao hospital Celso Ramos onde fomos super bem atendidos, cuidados e medicados. As marcas de agressão em nosso corpo resultaram em um nariz quebrado, cortes na boca, lesão na face e fortes dores na cabeça e no corpo. Por fim, saímos desta experiência mais fortes, mais acreditados na luta da comunidade LGBT e cientes que a falta de politica para pessoas LGBT’s só aumenta os índices de violência e morte de pessoas trans, gays, lésbicas e bissexuais. Nossa luta é todo dia, é pelo direito de amar sem temer.”
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