Na semana que passou, fui desafiado pela equipe do Jornal do Almoço para produzir a já tradicional crônica que rola nas edições do programa aos sábados. A produtora Magali Colonetti sugeriu que desta vez a região de Florianópolis falasse um pouco das famosas benzedeiras que por anos foram as únicas referências de cura nas comunidades.

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Nossa primeira visita foi na casa da Tia Ilda, no sul da Ilha, que mesmo com seus 104 anos, nos fez voltar apaixonados por sua historia de vida e de fé. No dia seguinte, fomos parar na Barra da Lagoa. Paramos no caminho para pedir informações sobre a residência da benzedeira, que se chamaria Carmem. Para a nossa surpresa, ninguém conhecia alguém com este nome na região. Fomos parar na casa de uma simpática senhora que atende pelo nome de Sueli. E agora? Estaríamos no lugar certo?

Pois então, a dona Sueli, na verdade, é a Carmem, que não utiliza o nome de batismo porque o falecido pai não gostou quando a registraram sem a sua autorização — e com o nome que não era de seu agrado. Essa é apenas uma das muitas histórias que ouvimos da manezinha benzedeira, que parava pra prestar seus atendimentos entre uma entrevista e outra.

Fato, meus queridos, é que, em função desta produção, tive mais um aprendizado sobre este sincretismo antigo que mistura o catolicismo ao místico pouco entendido. Ah, as imagens são dos monstros Gabriel Vieira e Mateus Castro. A edição é minha, com a Analu Vieira e a Lívia Andrade. Assistam o Jornal do Almoço deste sábado, prometo que vai ser muito fera! Não basta benzer ou ser benzido, tem que ter fé!

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